Contratados pelo tribunal para digitalizar processos, através de um convênio com a Associação de Pais e Amigos de Deficientes Auditivos (Apada-BA), os trabalhadores, que receberam uma visita ilustre nesta quinta-feira (5), dão provas mais que suficiente de eficiência e superação de limites
Lázaro Britto, para o TRT-BA
Entusiasmado com os relatos de excelência acerca do trabalho que vem sendo desenvolvido por um grupo de pessoas com deficiência auditiva no Setor de Digitalização do TRT da Bahia (TRT-BA), o corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Ives Gandra Filho, reservou um tempo de sua agenda na tarde desta quinta-feira (4) para conhecer de perto o trabalho da equipe. O ministro, que até esta sexta-feira (5) realiza correição ordinária no TRT-BA, estava acompanhado da presidente do Tribunal, desembargadora Vânia Chaves, e uma comitiva de assessores e servidores.
”Mesmo com as limitações, inerentes a todos nós, podemos contribuir com a soma do nosso trabalho para chegarmos longe”, afirmou o corregedor-geral (no centro da foto), por intermédio da supervisora Rosecleide Borges – que atua como intérprete do grupo -, ao elogiar a determinação deles com o trabalho. O ministro aproveitou ainda para relatar a experiência de seu tio – o pianista e maestro João Carlos Martins – que mesmo após perder os movimentos de uma das mãos por causa de um acidente, fez da deficiência um motivo a mais para superar suas limitações e continuar fazendo o que ama.
Em seguida, o diretor da Coordenação Judiciária de 2ª Instância, Celso Thiago Andrade, a convite da presidente, falou da satisfação com o convênio firmado com a Associação de Pais e Amigos de Deficientes Auditivos do Estado (Apada Bahia), que resultou em ganhos para o Tribunal, ao mesmo tempo em que possibilitou a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. O diretor destacou o empenho e dedicação já comprovados pelos profissionais, que já ultrapassaram a marca dos nove mil processos digitalizados em apenas oito meses de trabalho – uma média superior a 1,1 mil processos por mês, ultrapassando em mais de 100% a estimativa do TRT-BA, que era de 500 processos por mês.
”O que me impressionou foi não apenas a forma como eles se adaptaram ao trabalho, mas também a velocidade dessa adaptação e o alto índice de concentração da equipe”, afirmou Celso Thiago (foto), ressaltando que a maioria dos trabalhadores, embora tivesse conhecimento em informática, nunca havia trabalhado com digitalização de documentos.
O digitalizador Victor Leal (foto), um carioca animado, que atua no setor há cerca de cinco meses, agradeceu em nome dos colegas os elogios e o reconhecimento demonstrados pela Administração do TRT, destacando que a visita do corregedor-geral lisonjeou toda a equipe. ”Ainda me considero um novato aqui no setor, mas vou continuar trabalhando com dedicação. E que venham mais nove mil processos!”, brincou.
Após ter zerado, em dezembro último, o passivo de cinco mil processos à espera de escaneamento, o Setor de Digitalização do TRT-BA digitaliza atualmente cerca de mil processos por mês, além de documentos administrativos do Regional. Os cerca de um mil processos digitalizados todo mês são Recursos de Revista (RR) admitidos e Agravos de Instrumento interpostos em RR denegados – para remessa ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), que desde agosto de 2010 só recebe processos em formato digital.
Fonte: Secom TRT-BA
Passo Firme – 05/04/2013
Mais uma boa Lazaro, gostei de ver ao meu amigo Ives aí.Abs Fco
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