Alan Fonteles supera americano em Copa e brinca: ‘Bolt que me espere’

Fonteles chega bem à frente do americano na prova dos 150m
Fonteles chega bem à frente do americano na prova dos 150m

Brasileiro, medalha de ouro nos 200m em Londres, vence Jerome Singleton no duelo paralímpico dos 150m; Franciela das Graças triunfa no feminino

Nos Jogos de Londres 2012, Alan Fonteles surpreendeu o mundo e derrotou o sul-africano, e favorito, Oscar Pistorius para ser campeão paralímpico dos 200m (veja o vídeo). Na manhã deste domingo (31), o brasileiro não teve problemas para superar o americano Jerome Singleton no primeiro desafio do evento “Bolt Contra o Tempo”, na Praia de Copacabana (foto). Com o tempo de 15s68, Fonteles venceu a corrida mano a mano de 150m com sobras e brincou desafiando Usain Bolt, bicampeão olímpico dos 100m, 200m e 4x100m.

“Fiz 15s68. Bolt que me espere”, brincou Fonteles. O recorde mundial dos 150m pertence ao jamaicano, que tenta batê-la no Rio. A marca é de 14s35.

Sob sol forte e com uma boa presença de público na Praia de Copacabana, Fonteles não teve um bom início. O americano campeão mundial dos 100m, em 2011, largou melhor. Mas, com o incentivo da torcida, o brasileiro se recuperou, assumiu a ponta no meio da prova e abriu vantagem para vencer com quase um segundo de diferença (15s68 x 16s45).

“Minha largada não costuma ser muito boa, mas cresci ali pelo meio e consegui colocar uma velocidade boa, como foi em Londres. Queria agradecer a presença de todos. Isso aqui é uma prévia do que vai acontecer em 2016. Tenho certeza que vão estar todos nos estádios torcendo para os brasileiros. Nós vamos fazer bonito”, avisou o brasileiro, já de olho nos Jogos Olimpícos e Paralímpicos do Rio de Janeiro.

francielaDESAFIO FEMININO – Em seguida, foi a vez do desafio feminino. Com tempo de 16s75, Franciela das Graças foi a vencedora, à frente de Rosângela dos Santos e Vanda Gomes, que chegaram juntas com 17s12, e Evelyn Santos, a quarta, com 17s75.

“Foi muito bom competir perto desse pessoal, do calor do brasileiros. Foi uma prova diferente, a gente não está acostumado a correr 150m em linha reta, senti um puco de dificuldade no fim, mas foi muito bom”, comentou Franciela.

A brasileira também mostrou satisfação de participar do mesmo evento que o maior nome do atletismo mundial. “É um privilégio correr antes do Bolt, que é um ídolo de todos nós. Entre nós, ele é exatamente do jeito que é na pista, extrovertido, brincalhão. O que se vê na TV ele é pessoalmente”, disse.

EVENTO PRINCIPAL – No desafio principal do evento “Bolt Contra o Tempo”, o astro jamaicano terá de enfrentar o antiguano Daniel Bailey, o equatoriano Alex Quiñones e o brasileiro Bruno Lins. Bolt tentará superar o melhor tempo do mundo na prova de 150m (14s35), que é dele mesmo. O GLOBOESPORTE.COM transmite o desafio ao vivo.

Fonte: Globo Esportes

Passo Firme – 1º/4/2013
Curta e compartilhe a página do Passo Firme no Facebook!

“Daniel Dias entra para a história como os maiores esportistas”

DanielDias_Laureus

O brilhante jovem nadador Daniel Dias (foto) é o vencedor do Laureus World Sportsperson of the Year with a Disability Award depois de ganhar seis medalhas de ouro individuais nos Jogos Paralímpicos de Londres, tudo em tempos de recorde mundial. É a segunda vez que Daniel ganha o prêmio. O último que recebeu foi há quatro anos, depois de um desempenho igualmente impressionante nas Paralimpíadas de Pequim, quando conquistou quatro medalhas de ouro, quatro de prata e um bronze.

Com apenas 24 anos, Daniel incendiou a piscina de Londres e é um dos favoritos para os próximos Jogos Paralímpicos 2016 no Rio de Janeiro. Daniel recebeu o mais prestigiado prêmio do mundo esportivo das mãos do Embaixador da Laureus, Ruud Gullit, na cerimônia de premiação transmitida mundialmente do Rio de Janeiro.

“Ganhar seis medalhas de ouro e quebrar recorde mundial em todas essas provas, nos Jogos Paralímpicos de Londres, é simplesmente do outro mundo. Isso coloca Daniel lá em cima com os maiores esportistas da história,” disse Ruud Gullit, um dos principais jogadores holandês de todos os tempos.

Acompanhado pelo diretor do Instituto de Órteses e Próteses (IPO), Dr. José André Carvalho, Daniel  tem recebido todo apoio referente as  protetizações e reabilitação física, desde 2006.
Acompanhado pelo diretor do Instituto de Próteses é Órteses (IPO), Dr. José André Carvalho, Daniel tem recebido todo apoio referente as protetizações e reabilitação física, desde 2006.

“Em primeiro lugar agradeço a você, Ruud Gullit, pelas amáveis palavras. Quero agradecer a Deus, e quero agradecer aos meus pais, que sempre me deram apoio e incentivo. E agradecer a minha esposa e meus patrocinadores. É difícil para mim expressar minhas emoções, mas posso dizer que ainda tenho muito mais para dar.”, disse Daniel Dias depois de receber a estatueta do Laureus.

“Ofereço ao Daniel minhas mais sinceras felicitações pelo segundo prêmio Laureus. Seu recorde é absolutamente fenomenal. O sucesso em Pequim foi excepcional e, quatro anos depois, Daniel fez o mesmo em Londres. É incrível pensar o que ele ainda pode conquistar no futuro. Todo o Brasil deve estar orgulhoso desse jovem notável. Também gostaria de parabenizá-lo pelo grande trabalho que faz no Brasil para promover o esporte com deficiência.”, disse Edwin Moses, presidente da Laureus e um dos velocistas mais famosos do mundo.

Membro do Laureus e lenda da natação olímpica Mark Spitz afirmou: “O Daniel é uma grande inspiração para os Jogos Paralímpicos e para a natação também”.

O Laureus World Sports Awards é o principal prêmio do calendário esportivo internacional. Os vencedores são votados pela Academia Laureus, o máximo júri esportivo, composta por 46 dos maiores esportistas de todos os tempos. A cerimônia de premiação Laureus foi realizada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, apresentada pelas estrelas de Hollywood, Morgan Freeman e Eva Longoria.

Os prêmios foram anunciados em sete categorias. É a lista completa dos vencedores:

Laureus World Sportsman of the Year: Usain Bolt
Laureus World Sportswoman of the Year: Jessica Ennis
Laureus World Team of the Year: European Ry der Cup Team
Laureus World Breakthrough of the Year: Andy Murray
Laureus World Comeback of the Year: Felix Sanchez
Laureus World Sportsperson of the Year with a Disability: Daniel Dias
Laureus World Action Sportsperson of the Year: Felix Baumgartner

Fonte: Laureus / Via CPB

Passo Firme – 12/03/2013
Curta e compartilhe a página do Blog Passo Firme no Facebook!

Brasil fecha os Jogos com brilho na piscina e nas pistas

Com 21 medalhas de ouro, país faz sua melhor campanha em Paralimpíadas; confira os destaques da competição, que chegou ao fim neste domingo

A alquimia nem sempre é a mais óbvia. Cada medalha de ouro dos Jogos Paralímpicos de Londres, assim como as olímpicas, é feita com apenas 1,34% de ouro, 92,5% de prata, 6,16% de cobre – e 100% de um esforço sobre-humano. O Brasil colheu 21 delas ao longo de 11 dias de competição na terra da Rainha e volta para casa com a campanha mais vitoriosa de sua história. A meta de ficar em sétimo lugar no quadro geral está cumprida, com 43 medalhas no total – 14 pratas e oito bronzes. O hábito de subir no pódio todo dia deve-se muito à natação e ao atletismo, mas não despreza a bocha, o futebol de 5, a esgrima, o judô e o goalball. Tem metal nobre à vontade para todos.

Com seis ouros de Daniel Dias e três de Andre Brasil, a natação volta de Londres como esporte brasieiro mais vitorioso – sem contar quatro pratas e um bronze. As 14 medalhas no total só perdem para o atletismo, que ganhou 18, sendo sete douradas. Os outros títulos paralímpicos do país vieram na bocha, em dose tripla, no futebol de 5 e na esgrima. Após superar Pequim 2008 (47 medalhas, 16 ouros), a meta agora é o milagre da multiplicação dos números para fazer mais bonito ainda dentro de casa, daqui a quatro anos, nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro. Enquanto o novo ciclo começa, confira os destaques da edição 2012.

Daniel Dias, uma usina de ouros

A piscina do Centro Aquático de Londres ficou pequena para ele. Nas seis provas individuais que disputou nas Paralimpíadas de 2012, Daniel Dias não quis saber de variar: faturou o ouro em todas. Foi o melhor do mundo nos 50m peito SB4 e em cinco provas da categoria S5: 50m borboleta, 50m costas, 50m livre, 100m livre e 200m livre. Com 15 medalhas em duas edições dos Jogos, sendo dez ouros, ele superou o nadador Clodoaldo Silva e a corredora Ádria Santos como maior medalhista paralímpico da história do país. O mais assustador é saber que a história ainda não acabou. Aos 24 anos, Daniel está apenas abrindo mais um ciclo olímpico, que vai terminar no Rio em 2016.

Alan Fonteles, o paraense de 20 anos que derrubou a lenda

Era noite de domingo em Londres, e Oscar Pistorius, a maior estrela dos Jogos, corria sozinho para o ouro nos 200m rasos T44. Quase sozinho. Com uma arrancada espetacular na reta final, um paraense de 20 anos correu como nunca e desbancou a lenda para ganhar um ouro histórico. E assim o mundo foi apresentado a Alan Fonteles. As próteses que impulsionaram sua reação foram alvos de críticas de Pistorius. E Pistorius foi alvo de críticas do planeta inteiro, que ameaçou vê-lo como mau perdedor. No dia seguinte, o sul-africano pediu desculpas, e tudo voltou ao normal: nas outras três provas, chegou à frente do brasileiro e fechou sua campanha com dois ouros e uma prata.

Terezinha Guilhermina e a maior lição de todas

Se há quem veja no atleta-guia apenas um coadjuvante nas competições de atletismo, Terezinha Guilhermina discorda. E mostrou isso para um Estádio Olímpico lotado. Já na parte final da prova de 400m T12, o guia Guilherme Santana tropeçou e foi ao chão. A cega mais rápida do mundo ainda tinha chances de pódio, mas optou pela solidariedade. Jogou-se na pista e lá ficou, até Guilherme levantar para os dois cruzarem juntos a linha de chegada em último lugar. O ato nobre foi recompensado no dia seguinte, quando a dupla ganhou o ouro e quebrou o recorde mundial nos 100m T11. Foi o segundo ouro de Terezinha, que também venceu nos 200m.

O futebol que tem o hábito de trazer medalhas de ouro

A derrota de Neymar & Cia para o México na final das Olimpíadas ainda estava fresca na memória quando a seleção brasileira de futebol de 5 abriu sua campanha nas Paralimpíadas. A busca do ouro não era exatamente uma pressão, estava mais para rotina, já que a luta era pelo tricampeonato. E assim foi. Com uma vitória por 2 a 0 sobre a França – algoz nos campos – aequipe verde-amarela garantiu o título. Festa principalmente para Marquinhos, Bill e o goleiro Fábio, que também estavam nas campanhas de Atenas 2004 e Pequim 2008.

Brasil, o país da bocha

Nas Olimpíadas, nem tem. Pouco popular no Brasil, a bocha verde-amarela surpreendeu o torcedor em Londres. Com três ouros e um bronze, foi o terceiro esporte mais laureado do país na campanha em Londres. A trajetória vitoriosa começou com Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos, que conquistaram o bicampeonato nas duplas. Depois, Dirceu repetiu a dose no individual, e Maciel Santos completou a trinca de ouros – Eliseu ainda ganhou um bronze.

Entre os gringos, o show dos super-humanos

Como era de se esperar, Oscar Pistorius atraiu todos os holofotes com os ouros nos 400m T44 e no revezamento 4x100m. Mas a maior coleção de ouros nas Paralimpíadas ficou com a australiana Jacqueline Freney. A rainha paralímpica da natação venceu todas as oito provas que disputou na piscina do Centro Aquático. No tênis de cadeira de rodas, o fenômeno atendia pelo nome de Esther Vergeer. A musa holandesa faturou mais um ouro e não perde uma partida desde 2003. No tênis de mesa, a polonesa Natalia Partyka venceu a disputa na classe 10. E lembra Pistorius por também competir nas Olimpíadas – tem duas participações.

Por fim, não dá para passar pelos Jogos de Londres sem citar a incrível história de Alessandro Zanardi. O italiano, que já foi piloto de Fórmula 1, sofreu um acidente grave aos 34 anos e teve de amputar as duas pernas. Sem esquecer a velocidade, abraçou o ciclismo paralímpico e brilhou ao conquistar dois ouros: na categoria H4 do contra-relógio e na prova de estrada. Para um evento de âmbito mundial marcado pela superação, difícil imaginar exemplo melhor.

Confira todas as medalhas do Brasil nas Paralimpíadas de Londres, dia a dia:

30 de setembro
Andre Brasil – prata nos 200m medley SM10
Daniel Dias – ouro nos 50m livre S5
Michele Ferreira – bronze no judô categoria até 52kg

31 de agosto
Lúcia Teixeira – prata no judô categoria até 57kg
Daniele Bernardes – bronze no judô categoria até 63kg
Andre Brasil ouro nos 50m livre S10
1º de setembro
Andre Brasil – ouro nos 100m borboleta S10
Antônio Tenório – bronze no judô da categoria até 100kg
Daniel Dias – ouro nos 200m livre da S5 de natação
2 de setembro
Yohansson Nascimento – ouro nos 200m T46
Alan Fonteles – ouro nos 200m T44
Terezinha Guilhermina e Jerusa Geber – ouro e prata nos 200m T11
3 de setembro
Odair Santos – prata nos 1.500m T11
4 de setembro
Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos – ouro na classe BC4 na disputa de pares mistos
Andre Brasil – prata nos 100m costas S10
Daniel Dias – ouro nos 100m peito SB4
Yohansson Nascimento – prata nos 400m T46
Felipe Gomes e Daniel Silva – ouro e prata nos 200m T11
Jonathan Santos – bronze no lançamento de disco F40
5 de setembro
Jovane Guissone – ouro na categoria B da esgrima
Terezinha, Jerusa Santos e Jhulia Santos – ouro, prata e bronze nos 100m rasos T11
6 de setembro
Edênia Garcia – prata nos 50m costas S4 da natação
Daniel Dias – ouro nos 50m costas da natação
Andre Brasil e Phelipe Rodrigues – ouro e prata nos 100m livre S10 da natação
7 de setembro
Daniel Dias – ouro nos 50m borboleta da natação
Joana Silva – bronze nos 50m borboleta na natação
Goalball – prata no masculino
Lucas Prado – prata nos 400m T11

8 de setembro
Shirlene Coelho – ouro no lançamento de dardo F37/38
Eliseu dos Santos – bronze na bocha BC4
Maciel Santos – ouro na bocha BC2
Brasil – ouro no futebol de 5 (tricampeonato)
Daniel Dias – ouro 100m livre S5 na natação
Dirceu Pinto – ouro na bocha BC4 (bicampeonato)
Lucas Prado e Felipe Gomes – prata e bronze nos 100m rasos T11
Claudiney Batista – prata no lançamento de dardo F57/58

9 de setembro
Tito Sena – ouro na maratona T46

Fonte: Globo Esporte

Passo Firme – 09.09.2012
Vote no Blog Passo Firme para o TopBlog 2012!

Show de superação, história e tecnologia marca abertura dos Jogos Paralímpicos de Londres

A cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Londres explorou história e tecnologia. Show de fogos de artifício, contou com pessoas com deficiência para falar de igualdade.

Dezessete dias após o encerramento dos Jogos Olímpicos, Londres está respirando esporte novamente desde esta quarta-feira (29) quando as Paralimpíadas foram iniciadas. Na cerimônia de abertura dos Jogos, a capital inglesa optou por ressaltar a evolução mundial da tecnologia.

Com discretos números artísticos, mas todos guiados pela peça “A Tempestade”, de William Shakespeare, o evento de ontem foi protagonizado pelas invenções e descobertas de gênios como Isaac Newton e Stephen Hawking.

A presença do físico britânico, aliás, foi um dos pontos altos da cerimônia. Hawking, que sofre de esclerose lateral amiotrófica e hoje, aos 70 anos, raramente faz aparições públicas, narrou grande parte da cerimônia.

Cento e oitenta e um atletas brasileiros vão participar dos jogos paralímpicos. A expectativa é que o nono lugar em Pequim 2008 seja superado. A delegação verde-amarela sonha ganhar pelo menos duas posições no quadro geral, superando as 47 medalhas (16 de ouro, 14 de prata e 17 de bronze) conquistadas há quatro anos.

Veja abaixo a reportagem originalmente exibida em 29/08/2012, no Jornal da Globo, pela Rede Globo:

SHOW – Após dançarinos se apresentarem com guarda-chuvas que juntos formavam um grande olho no meio do estádio olímpico, a atriz Nicola Miles Wildin, que tem deficiência física, apareceu no palco interpretando a personagem Miranda, de “A Tempestade”. Guiada pela narração de Hawking, Miranda acompanhou no estádio uma dramatização sobre a evolução da tecnologia ao longo da história. Ao seu lado estava o ator Ian McKellen, de personagens como Magneto (da franquia “X-Men”) e Gandalf (da trilogia “Senhor dos Anéis”), interpretando Próspero, também da peça shakesperiana.

O primeiro bloco da festa se encerrou com uma reprodução do fenômeno Big Bang, que teria dado origem ao universo, e com a entrada da rainha Elizabeth II. Não foi uma chegada triunfal, como na abertura da Olimpíada em que a titular da coroa britânica participou de uma cena com Daniel Craig, o atual James Bond, e simulou entrar no estádio em um helicóptero. Dessa vez, a rainha apenas ocupou seu lugar no camarote real ao lado do presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Philip Craven.

O desfile das 164 delegações que disputarão os Jogos começou logo em seguida. O multimedalhista Daniel Dias, da natação, foi responsável por conduzir a bandeira do Brasil. Oscar Pistorius, principal atleta desta Paralimpíada e primeiro biamputado a disputar uma Olimpíada, carregou a bandeira da África do Sul.

O grande momento da noite, o acendimento da pira paralímpica, começou com um vídeo mostrando imagens do revezamento da tocha pelo Reino Unido. O fogo entrou no estádio pelas mãos de Joe Townsend, triatleta paralímpico e comandante da Marinha Real, e depois foi conduzido por outros esportistas com deficiências até chegar a Margaret Maughan. Primeira britânica a conquistar uma medalha paralímpica, nos Jogos de Roma-1960, ela acendeu uma das pétalas da grande pira em forma de flor. Todo o objeto foi tomado pelo fogo.

HEROÍNA – Na abertura, primeira britânica a conquistar uma medalha paralímpica em Roma, 1960, Margaret Maughan acendeu a pira.

MUDANÇA NO NOME – A palavra “paraolímpico” e suas derivadas começaram a “sumir” do do paradesporto brasileiro. O termo “paralímpico” e suas variações foram adotados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB – que também mudou de nome) no final do ano passado. O Brasil era o único país de língua portuguesa que ainda adotava o termo “paraolímpico”. E há muito tempo protelava a mudança. “A mudança foi gradual. Começamos com a troca de nomenclatura nas assinaturas de emails e o lançamento do novo portal. Depois veio todo o material de papelaria conforme o antigo foi acabando”, explicou o diretor de marketing do CPB Frederico Motta.

O Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 foi o primeiro a oficializar a troca do nome para paralímpico, mas as entidades parceiras do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) terão até 18 meses para se adequar às alterações no nome. “Ainda existem entidades que têm uniformes ou tendas com o nome paraolímpico e não vamos forçá-las a jogar tudo fora só porque trocamos de nome”, explicou o gerente de Comunicação e Marketing do CPB, Frederico Motta.

NÚMEROS – 09 medalhas, sendo quatro de ouro, foram conquistadas pelo nadador Daniel Dias em Pequim. Ele quer superar as marcas em Londres. 165 milhões foram investidos pelo Comitê Paralímpico Brasileiro para o ciclo paralímpico de Londres. O Brasil quer terminar entre os 10 melhores.

No vídeo abaixo, do canal SporTV, a delegação do Brasil faz festa durante festa de Abertura dos jogos Paralímpicos de Londres:

Fonte: A Crítica / Jornal da Globo / SporTV

Passo Firme – 31.08.2012
Vote no Blog Passo Firme para o TopBlog 2012!

Daniel Dias pode virar em Londres maior paralímpico do Brasil

Recordista mundial em cinco das oito provas que vai disputar, nadador está perto de superar recorde de 13 medalhas de Clodoaldo Silva e Ádria Santos

O sorriso cativante e o carisma continuam os mesmos. Nem a barba de “colocar medo nos adversários” cultivada nas últimas semanas foi capaz de mudar isso. Entretanto, o Daniel Dias que chega a Londres para disputa dos Jogos Paralímpicos é outro, bem diferente do que desembarcou em Pequim quatro anos atrás. De fã de Clodoaldo Silva, ele se transformou em ídolo. De revelação na China, ele se tornou a maior estrela de uma delegação de 182 atletas e principal condutor do país na missão de chegar ao inédito sétimo lugar no quadro de medalhas.

Com o visual alterado provisoriamente, já que o acordo com o treinador Marcos Rojo prevê cara limpa na estreia nos Jogos, quinta-feira, Daniel mergulha na piscina do Parque Aquático de Londres para dar continuidade a algo que se tornou constante em sua vida: subir ao pódio. Dono de nove medalhas em Pequim-2008 (quatro de ouro, quatro de prata e uma de bronze), o paulista de Campinas disputará oito provas na capital britânica e pode se consolidar como maior atleta paralímpico da história do Brasil no ato final de um ciclo que também inclui 11 medalhas de ouro no Parapan de Guadalajara-2011, oito de ouro e uma de prata no Mundial da Holanda-2010 e o prêmio Laureus de 2009.

“Quero representar bem o país e me sinto muito honrado por estar aqui entre atletas como Terezinha (Guilhermina), André Brasil, Clodoaldo Silva, Antônio Tenório… Pequim foi fantástico e espero que aqui também seja. Lá foi algo mais sem responsabilidade. Tinha feito um grande Parapan, mas em nível mundial eu ainda não era muito conhecido. Depois disso, foram quatro anos fantásticos. Ganhei o Laureus, o ‘Oscar do Esporte’, e espero carimbar essas conquistas fechando o ciclo com medalhas de ouro”, disse.

Como se não bastassem as conquistas já listadas, Daniel Dias conta ainda em seu currículo com outros oito ouros no Parapan do Rio-2007, além de três ouros e duas pratas em seu Mundial de estreia, na África do Sul, em 2006. Trajetória avassaladora de quem sequer pensava em se tornar um atleta até Atenas-2004, quando descobriu um mundo de possibilidades ao se encantar com os seis ouros e uma prata de Clodoaldo Silva.

Oito anos depois, o mesmo Clodoaldo virou adversário na classe S5 (nadadores com limitações físico-motoras) e pode ver o fã superá-lo no posto de maior medalhista paralímpico do Brasil. Atualmente, o “Tubarão das Piscinas”, que compete em quatro provas em Londres, enverga 13 pódios (seis ouros, cinco pratas e dois bronzes), assim como a ex-velocista Ádria Santos (quatro ouros, oito pratas e um bronze).

Daniel, que tem nove, pode voltar ao Brasil com 17 no total. A marca, no entanto, está longe de ser prioridade para o nadador.

“Foi tudo muito rápido (na carreira). Não parei para pensar nisso (recorde) e procuro nem pensar. Quero fazer o meu trabalho dentro da piscina. Se o meu melhor naquele momento for uma medalha de ouro, vou ficar extremamente feliz. Superar um grande atleta como o Clodoaldo será espetacular, fantástico, mas se não acontecer também vou ficar feliz. Quero focar nas minhas provas e ajudar os companheiros nos revezamentos”, afirmou.

Apesar do discurso humilde, Daniel Dias sabe que superar a marca de 13 medalhas em Londres é uma tendência. O brasileiro é recordista mundial em cinco das seis provas individuais que irá disputar: 50m, 100m e 200m nado livre, 50m costas e 50m borboleta, todas na classe S5. Ele ainda entra na água pelos 100m peito na SB4 – também para atletas com limitações físico-motoras – e nos revezamentos 4 x 100m medley e livre com pontuação máxima de 34 no somatório da classificação funcional dos atletas.

“Espero, sim, medalhas nas seis individuais. Não posso garantir as cores, mas vou dar o meu melhor para quem sabe sair com seis ou cinco ouros”. A primeira prova de Daniel Dias em Londres será os 50m livre, que tem as eliminatórias marcadas para a manhã de quinta-feira. Antes, porém, o nadador tem uma missão importante: será o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos, quarta-feira, no Estádio Olímpico.

Fonte: Globo Esportes

Leia também:

Brasil está pronto para os Jogos Paralímpicos de Londres
Daniel Dias será o porta-bandeira brasileiro na Paralimpíada de Londres
Brasileiro conquista título de melhor nadador com deficiência do mundo

Passo Firme – 26.08.2012
Vote no Blog Passo Firme para o TopBlog 2012!