Modalidades olímpicas e paraolímpicas receberão investimentos de R$ 180 milhões

ESPORTES

A meta é colocar o Brasil entre as dez principais potências olímpicas e as cinco paraolímpicas nos jogos de 2016

Como apoio às modalidades olímpicas e paraolímpicas na preparação para as Olimpíadas Rio 2016, o Ministério do Esporte repassará, por meio de convênios, um total de R$ 182,9 milhões a confederações, federações, clubes e Comitê Paraolímpico Brasileiro. Os projetos aprovados incluem desde o treinamento de equipes de base e seleções principais no Brasil e no exterior até a estruturação de centros de treinamento e compra de equipamentos. Estes recursos não fazem parte do Plano Brasil Medalhas 2016.

Por meio de chamada pública para entidades privadas, aberta em agosto do ano passado, o ministério recebeu 87 projetos, dos quais 57 foram aprovados. Os recursos, que vão contemplar 26 instituições, fazem parte do planejamento mais focado para os esportes olímpicos e paraolímpicos adotado em 2009, após a escolha do Rio para sede dos jogos de 2016.

De acordo com o secretário de Esporte de Alto Rendimento do Ministério e coordenador do projeto olímpico do governo federal , Ricardo Leyser, a meta é colocar o Brasil entre as dez principais potências olímpicas e as cinco paraolímpicas da Olimpíada de 2016. “Para isso, é preciso que todas as modalidades atinjam seu melhor desempenho na história, independentemente da conquista de medalhas. As que já têm medalhas vão tentar aumentar a quantidade, mas aquelas que ainda não subiram ao pódio também devem contribuir com a meta, melhorando sua performance”, afirma Leyser. Desta forma, o ministério apoia modalidades que a princípio não constam como candidatas à conquista de medalhas em 2016, mas podem consegui-las em 2020, como por exemplo, o golfe e o rúgbi.

ESPORTES – Na bateria de convênios efetivada desde janeiro, o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), por exemplo, conta com R$ 38,2 milhões para a preparação de suas seleções permanentes de 16 modalidades. O basquete e o vôlei vêm a seguir, com R$ 24 milhões cada.

A Confederação Brasileira de Basketball (CBB) e a Liga Nacional de Basquete (LNB) apresentaram propostas para preparação de seleções principais e de base e desenvolvimento de talentos. Também serão comprados equipamentos para ginásios que recebem jogos do Novo Basquete Brasil (NBB), da Liga de Desenvolvimento do Basquete e de competições regionais e estaduais de equipes de base e treinamentos de seleções. No total, são nove convênios com as duas entidades do basquete.

No caso da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), os recursos aprovados também serão aplicados na preparação de seleções, da categoria infantil à principal, assim como na realização de campeonatos brasileiros, em suas duas modalidades – quadra e praia.

O judô terá R$ 10 milhões para diversos projetos, como aquisição de novos equipamentos para desenvolvimento do esporte nos estados, formação de equipes de base e preparação de categorias juvenis, além de contratação de técnicos e equipe multidisciplinar para a seleção principal.

O Golfe adaptado será uma das novas modalidades que passarão a contar com investimento do Governo
O Golfe adaptado será uma das novas modalidades que passarão a contar com investimento do Governo

NOVAS MODALIDADES – Modalidades que, ao contrário, farão sua estreia no programa olímpico do Rio 2016, o golfe e o rúgbi também tiveram projetos aprovados. O golfe terá cerca de R$ 3,1 milhões e o rúgbi, R$ 8,4 milhões, para preparação de suas seleções, participação em competições e intercâmbios e compra de materiais.

Sete clubes tiveram projetos aprovados. O Pinheiros, de São Paulo, terá cerca de R$ 6,5 milhões para modernização de ginásio poliesportivo e piscina olímpica, preparação de atletas de alta performance e formação de talentos de natação, vôlei, basquete e handebol, além de compra de equipamentos para 15 modalidades olímpicas. O Grêmio Náutico União, do Rio Grande do Sul, outro exemplo, terá em torno de R$ 4 milhões para serem aplicados basicamente em judô, remo, ginástica e esgrima.

Há ainda quantias para projetos menores, como o proposto pela Federação de Tênis de Mesa do Rio de Janeiro, para compra de equipamentos e benefício a atletas olímpicos e paraolímpicos, de cerca de R$ 150 mil.

As 26 instituições com projetos aprovados são: Confederação Brasileira de Basketball (CBB), Liga Nacional de Basquete (LNB), Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA), Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN), Confederação Brasileira de Esgrima (CBE), Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Confederação Brasileira de Golfe (CBG), Confederação Brasileira de Rugby (CBRu), Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno (CBPM), Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE), Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTArco), Federação de Tênis de Mesa do Rio de Janeiro (FTMRJ), Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Esporte Clube Pinheiros (SP), Tijuca Tênis Clube (RJ), Minas Tênis Clube (MG), Sogipa (RS), Grêmio Náutico União (RS), UniLaSale (RS) e Sesi-SC.

RIO 2013 – Desde outubro de 2009, quando foi anunciado como sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, o Rio de Janeiro se prepara para receber atletas e visitantes no maior evento esportivo do planeta, a ser realizado pela primeira vez na América do Sul. A cidade passará por uma profunda transformação urbana e social: serão priorizadas as construções de vias expressas, túneis e moradia, linhas de BRT (sigla para Bus Rapid Transit – corredor exclusivo de ônibus) e revitalização da zona portuária.

Graças às realizações, em anos anteriores, dos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos (2007), Jogos Mundiais Militares (2011) e também da Copa do Mundo de 2014, a cidade não terá de sair do zero para ser o centro do mundo esportivo em agosto de 2016. Na Vila Olímpica e Paralímpica, por exemplo, apenas 26% das instalações precisarão ser construídas.

Fonte: Ministério do Esporte

Passo Firme – 02/06/2013
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Ajude a escolher o melhor atleta paralímpico brasileiro de 2012

prêmio-2012

Dois paratletas amputados – Daniel Dias e Alan Fonteles – estão no páreo este ano

A exemplo do que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) está fazendo, com a disputa do Prêmio Brasil Olímpico, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) também vai escolher os melhores atletas de 2012. A entrega da segunda edição do Prêmio Paraolímpicos será realizada no próximo dia 19, em cerimônia que acontecerá na Marina da Glória. Na ocasião, serão homenageados os 22 atletas que tiveram o maior destaque individual, além de serem revelados os nomes dos Melhores do Ano (masculino e feminino), escolhidos pelo voto popular. A eleição está ocorrendo no site do CPB.

“A edição deste ano ganha contornos mais importantes por acontecer no Rio de Janeiro, cidade sede dos Jogos Paralímpicos de 2016 e principalmente por premiar os melhores atletas em 2012, ano das Paralimpíada e em que o Brasil teve sua melhor performance de todos os tempos. A escolha da Marina da Glória não poderia ser melhor, já que o local receberá as disputas da Vela nos Jogos do Rio. Tenho certeza de que a noite será inesquecível por reunir todos esses elementos”, afirmou o presidente do CPB, Andrew Parsons.

Daniel Dias - mordendo medalha
Grande nome individual nas Paralimpíadas de Londres 2012, o nadador Daniel Dias é um dos favoritos ao prêmio de melhor atleta do Brasil em 2012

Além de premiar as atletas que se destacaram nas 22 das modalidades paralímpicas em 2012, o Prêmio Paralímpicos terá outras cinco categorias: Melhor Técnico em Modalidade Individual; Melhor Técnico em Modalidade Coletiva; Revelação 2012; e Melhor Atleta Feminino e Melhor Atleta Masculino, que serão definidos por votação popular aberta no Facebook, Twitter e site do CPB, até a meia-noite do dia 18. Todos os vencedores serão conhecidos apenas no dia 19 e foram indicados e escolhidos por federações e técnicos ligados ao Comitê.

Na categoria Melhor Atleta por voto popular concorrem no feminino Lúcia Teixeira (Judô), Shirlene Coelho (Atletismo) e Terezinha Guilhermina (Atletismo). No masculino, a disputa está entre Alan Fonteles (Atletismo), Daniel Dias (Natação) e Dirceu Pinto (Bocha).

O Prêmio homenageará ainda duas pessoas que contribuíram com o crescimento e fomento do paradesporto no ano de 2012 com os troféus Personalidade Paralímpica e Aldo Micolis – in memorian ao presidente de honra do CPB e um dos dirigentes que iniciou o Movimento Paralímpico no Brasil.

Até 2010, os atletas paralímpicos eram premiados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e a partir do ano passado a premiação passou para o CPB, que abrangeu um maior número de categorias e trouxe maior visibilidade.

Fonte: CPB

Passo Firme – 11/12/2012
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Brasil fecha os Jogos com brilho na piscina e nas pistas

Com 21 medalhas de ouro, país faz sua melhor campanha em Paralimpíadas; confira os destaques da competição, que chegou ao fim neste domingo

A alquimia nem sempre é a mais óbvia. Cada medalha de ouro dos Jogos Paralímpicos de Londres, assim como as olímpicas, é feita com apenas 1,34% de ouro, 92,5% de prata, 6,16% de cobre – e 100% de um esforço sobre-humano. O Brasil colheu 21 delas ao longo de 11 dias de competição na terra da Rainha e volta para casa com a campanha mais vitoriosa de sua história. A meta de ficar em sétimo lugar no quadro geral está cumprida, com 43 medalhas no total – 14 pratas e oito bronzes. O hábito de subir no pódio todo dia deve-se muito à natação e ao atletismo, mas não despreza a bocha, o futebol de 5, a esgrima, o judô e o goalball. Tem metal nobre à vontade para todos.

Com seis ouros de Daniel Dias e três de Andre Brasil, a natação volta de Londres como esporte brasieiro mais vitorioso – sem contar quatro pratas e um bronze. As 14 medalhas no total só perdem para o atletismo, que ganhou 18, sendo sete douradas. Os outros títulos paralímpicos do país vieram na bocha, em dose tripla, no futebol de 5 e na esgrima. Após superar Pequim 2008 (47 medalhas, 16 ouros), a meta agora é o milagre da multiplicação dos números para fazer mais bonito ainda dentro de casa, daqui a quatro anos, nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro. Enquanto o novo ciclo começa, confira os destaques da edição 2012.

Daniel Dias, uma usina de ouros

A piscina do Centro Aquático de Londres ficou pequena para ele. Nas seis provas individuais que disputou nas Paralimpíadas de 2012, Daniel Dias não quis saber de variar: faturou o ouro em todas. Foi o melhor do mundo nos 50m peito SB4 e em cinco provas da categoria S5: 50m borboleta, 50m costas, 50m livre, 100m livre e 200m livre. Com 15 medalhas em duas edições dos Jogos, sendo dez ouros, ele superou o nadador Clodoaldo Silva e a corredora Ádria Santos como maior medalhista paralímpico da história do país. O mais assustador é saber que a história ainda não acabou. Aos 24 anos, Daniel está apenas abrindo mais um ciclo olímpico, que vai terminar no Rio em 2016.

Alan Fonteles, o paraense de 20 anos que derrubou a lenda

Era noite de domingo em Londres, e Oscar Pistorius, a maior estrela dos Jogos, corria sozinho para o ouro nos 200m rasos T44. Quase sozinho. Com uma arrancada espetacular na reta final, um paraense de 20 anos correu como nunca e desbancou a lenda para ganhar um ouro histórico. E assim o mundo foi apresentado a Alan Fonteles. As próteses que impulsionaram sua reação foram alvos de críticas de Pistorius. E Pistorius foi alvo de críticas do planeta inteiro, que ameaçou vê-lo como mau perdedor. No dia seguinte, o sul-africano pediu desculpas, e tudo voltou ao normal: nas outras três provas, chegou à frente do brasileiro e fechou sua campanha com dois ouros e uma prata.

Terezinha Guilhermina e a maior lição de todas

Se há quem veja no atleta-guia apenas um coadjuvante nas competições de atletismo, Terezinha Guilhermina discorda. E mostrou isso para um Estádio Olímpico lotado. Já na parte final da prova de 400m T12, o guia Guilherme Santana tropeçou e foi ao chão. A cega mais rápida do mundo ainda tinha chances de pódio, mas optou pela solidariedade. Jogou-se na pista e lá ficou, até Guilherme levantar para os dois cruzarem juntos a linha de chegada em último lugar. O ato nobre foi recompensado no dia seguinte, quando a dupla ganhou o ouro e quebrou o recorde mundial nos 100m T11. Foi o segundo ouro de Terezinha, que também venceu nos 200m.

O futebol que tem o hábito de trazer medalhas de ouro

A derrota de Neymar & Cia para o México na final das Olimpíadas ainda estava fresca na memória quando a seleção brasileira de futebol de 5 abriu sua campanha nas Paralimpíadas. A busca do ouro não era exatamente uma pressão, estava mais para rotina, já que a luta era pelo tricampeonato. E assim foi. Com uma vitória por 2 a 0 sobre a França – algoz nos campos – aequipe verde-amarela garantiu o título. Festa principalmente para Marquinhos, Bill e o goleiro Fábio, que também estavam nas campanhas de Atenas 2004 e Pequim 2008.

Brasil, o país da bocha

Nas Olimpíadas, nem tem. Pouco popular no Brasil, a bocha verde-amarela surpreendeu o torcedor em Londres. Com três ouros e um bronze, foi o terceiro esporte mais laureado do país na campanha em Londres. A trajetória vitoriosa começou com Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos, que conquistaram o bicampeonato nas duplas. Depois, Dirceu repetiu a dose no individual, e Maciel Santos completou a trinca de ouros – Eliseu ainda ganhou um bronze.

Entre os gringos, o show dos super-humanos

Como era de se esperar, Oscar Pistorius atraiu todos os holofotes com os ouros nos 400m T44 e no revezamento 4x100m. Mas a maior coleção de ouros nas Paralimpíadas ficou com a australiana Jacqueline Freney. A rainha paralímpica da natação venceu todas as oito provas que disputou na piscina do Centro Aquático. No tênis de cadeira de rodas, o fenômeno atendia pelo nome de Esther Vergeer. A musa holandesa faturou mais um ouro e não perde uma partida desde 2003. No tênis de mesa, a polonesa Natalia Partyka venceu a disputa na classe 10. E lembra Pistorius por também competir nas Olimpíadas – tem duas participações.

Por fim, não dá para passar pelos Jogos de Londres sem citar a incrível história de Alessandro Zanardi. O italiano, que já foi piloto de Fórmula 1, sofreu um acidente grave aos 34 anos e teve de amputar as duas pernas. Sem esquecer a velocidade, abraçou o ciclismo paralímpico e brilhou ao conquistar dois ouros: na categoria H4 do contra-relógio e na prova de estrada. Para um evento de âmbito mundial marcado pela superação, difícil imaginar exemplo melhor.

Confira todas as medalhas do Brasil nas Paralimpíadas de Londres, dia a dia:

30 de setembro
Andre Brasil – prata nos 200m medley SM10
Daniel Dias – ouro nos 50m livre S5
Michele Ferreira – bronze no judô categoria até 52kg

31 de agosto
Lúcia Teixeira – prata no judô categoria até 57kg
Daniele Bernardes – bronze no judô categoria até 63kg
Andre Brasil ouro nos 50m livre S10
1º de setembro
Andre Brasil – ouro nos 100m borboleta S10
Antônio Tenório – bronze no judô da categoria até 100kg
Daniel Dias – ouro nos 200m livre da S5 de natação
2 de setembro
Yohansson Nascimento – ouro nos 200m T46
Alan Fonteles – ouro nos 200m T44
Terezinha Guilhermina e Jerusa Geber – ouro e prata nos 200m T11
3 de setembro
Odair Santos – prata nos 1.500m T11
4 de setembro
Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos – ouro na classe BC4 na disputa de pares mistos
Andre Brasil – prata nos 100m costas S10
Daniel Dias – ouro nos 100m peito SB4
Yohansson Nascimento – prata nos 400m T46
Felipe Gomes e Daniel Silva – ouro e prata nos 200m T11
Jonathan Santos – bronze no lançamento de disco F40
5 de setembro
Jovane Guissone – ouro na categoria B da esgrima
Terezinha, Jerusa Santos e Jhulia Santos – ouro, prata e bronze nos 100m rasos T11
6 de setembro
Edênia Garcia – prata nos 50m costas S4 da natação
Daniel Dias – ouro nos 50m costas da natação
Andre Brasil e Phelipe Rodrigues – ouro e prata nos 100m livre S10 da natação
7 de setembro
Daniel Dias – ouro nos 50m borboleta da natação
Joana Silva – bronze nos 50m borboleta na natação
Goalball – prata no masculino
Lucas Prado – prata nos 400m T11

8 de setembro
Shirlene Coelho – ouro no lançamento de dardo F37/38
Eliseu dos Santos – bronze na bocha BC4
Maciel Santos – ouro na bocha BC2
Brasil – ouro no futebol de 5 (tricampeonato)
Daniel Dias – ouro 100m livre S5 na natação
Dirceu Pinto – ouro na bocha BC4 (bicampeonato)
Lucas Prado e Felipe Gomes – prata e bronze nos 100m rasos T11
Claudiney Batista – prata no lançamento de dardo F57/58

9 de setembro
Tito Sena – ouro na maratona T46

Fonte: Globo Esporte

Passo Firme – 09.09.2012
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