Mogi das Cruzes sedia VII Copa do Brasil Futebol de Amputados

CBFA

Na próxima quinta-feira (30), até o dia 02 de junho, acontece na cidade de Mogi da Cruzes a VII Copa do Brasil Futebol de Amputados. O evento reúne equipes de vários locais do Brasil e terá o atacante da Seleção Brasileira, Rogério Rodrigues, mais conhecido como Rogerinho R9, jogando pela equipe Smel Mogi.

A Copa é organizada pela Associação Brasileira de Deficientes Físicos (ABDDF), Instituto Só Vida e a Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes. “Os melhores jogadores serão escolhidos para disputar a Copa América, que será em setembro, na cidade de Cataguases MG”, afirma Rogerinho.

Uma dificuldade que o jogador driblou foi conseguir que ao menos 7 equipes, das 12 do Brasil, participem do evento. Isso sem falar na alimentação e premiação dos jogadores.

Equipes já confirmadas:

Smel Mogi – Mogi das Cruzes

FA - smel_mogi_campea

ADFEGO – Goiânia

FA - Goiania

AMDA – Minas Gerais

FA-MINAS

Instituto Só Vida – Mogi das Cruzes

fa-instituto

UNI BH – Belo Horizonte

FA - UNIBH

ASSAMA – Maringá PR

FA-ASSAMA

ANDEF – RJ

FA-ANDEF

Fonte: Cosmo Online / Via ABDDF

Passo Firme – 28/05/2013
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Alan Fonteles supera americano em Copa e brinca: ‘Bolt que me espere’

Fonteles chega bem à frente do americano na prova dos 150m
Fonteles chega bem à frente do americano na prova dos 150m

Brasileiro, medalha de ouro nos 200m em Londres, vence Jerome Singleton no duelo paralímpico dos 150m; Franciela das Graças triunfa no feminino

Nos Jogos de Londres 2012, Alan Fonteles surpreendeu o mundo e derrotou o sul-africano, e favorito, Oscar Pistorius para ser campeão paralímpico dos 200m (veja o vídeo). Na manhã deste domingo (31), o brasileiro não teve problemas para superar o americano Jerome Singleton no primeiro desafio do evento “Bolt Contra o Tempo”, na Praia de Copacabana (foto). Com o tempo de 15s68, Fonteles venceu a corrida mano a mano de 150m com sobras e brincou desafiando Usain Bolt, bicampeão olímpico dos 100m, 200m e 4x100m.

“Fiz 15s68. Bolt que me espere”, brincou Fonteles. O recorde mundial dos 150m pertence ao jamaicano, que tenta batê-la no Rio. A marca é de 14s35.

Sob sol forte e com uma boa presença de público na Praia de Copacabana, Fonteles não teve um bom início. O americano campeão mundial dos 100m, em 2011, largou melhor. Mas, com o incentivo da torcida, o brasileiro se recuperou, assumiu a ponta no meio da prova e abriu vantagem para vencer com quase um segundo de diferença (15s68 x 16s45).

“Minha largada não costuma ser muito boa, mas cresci ali pelo meio e consegui colocar uma velocidade boa, como foi em Londres. Queria agradecer a presença de todos. Isso aqui é uma prévia do que vai acontecer em 2016. Tenho certeza que vão estar todos nos estádios torcendo para os brasileiros. Nós vamos fazer bonito”, avisou o brasileiro, já de olho nos Jogos Olimpícos e Paralímpicos do Rio de Janeiro.

francielaDESAFIO FEMININO – Em seguida, foi a vez do desafio feminino. Com tempo de 16s75, Franciela das Graças foi a vencedora, à frente de Rosângela dos Santos e Vanda Gomes, que chegaram juntas com 17s12, e Evelyn Santos, a quarta, com 17s75.

“Foi muito bom competir perto desse pessoal, do calor do brasileiros. Foi uma prova diferente, a gente não está acostumado a correr 150m em linha reta, senti um puco de dificuldade no fim, mas foi muito bom”, comentou Franciela.

A brasileira também mostrou satisfação de participar do mesmo evento que o maior nome do atletismo mundial. “É um privilégio correr antes do Bolt, que é um ídolo de todos nós. Entre nós, ele é exatamente do jeito que é na pista, extrovertido, brincalhão. O que se vê na TV ele é pessoalmente”, disse.

EVENTO PRINCIPAL – No desafio principal do evento “Bolt Contra o Tempo”, o astro jamaicano terá de enfrentar o antiguano Daniel Bailey, o equatoriano Alex Quiñones e o brasileiro Bruno Lins. Bolt tentará superar o melhor tempo do mundo na prova de 150m (14s35), que é dele mesmo. O GLOBOESPORTE.COM transmite o desafio ao vivo.

Fonte: Globo Esportes

Passo Firme – 1º/4/2013
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Amputado, snowboarder brasileiro estreia em provas internacionais

Brasileiro quer disputar as Olimpíadas de Inverno, na Alemanha Fonte: Divulgação/CBDN
Brasileiro quer disputar as Olimpíadas de Inverno, na Alemanha. Fonte: Divulgação/CBDN

André Cintra fica em 25º entre os 27 que disputaram a Copa do Mundo de Twin Bridges, nos EUA. Ele sonha ir aos Jogos de Sochi 2014

O Brasil iniciou mais um capítulo importante na luta para disputar, pela primeira vez, as Paralimpíadas de Inverno, em Sochi 2014. Depois de Fernando Aranha, no esqui cross country, André Cintra fez sua primeira participação em provas internacionais de snowboard cross, mesma disciplina em que Isabel Clark é especialista. Amputado, ele disputou a Copa do Mundo de Twin Bridges, Lake Tahoe, nos Estados Unidos. Foi o 25º entre os 27 atletas paralímpicos que competiram.

André era snowboarder e teve perna amputada depois de um acidente de carro. No ano passado, ele procurou a Confederação Brasileira de Desportos de Neve (CBDN), e disputou uma categoria especial do Campeonato Brasileiro, em Valle Nevado, no Chile. André completou a prova em 2m41s05. O vencedor foi o americano Evan Strong, com 1m39s50. O brasileiro voltará a competir neste fim de semana, em Copper Mountain.

Fonte: Globo Esporte

Passo Firme – 02.02.2013

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Após perder antebraço, bancário recupera autoestima na corrida de rua

Por conta de um tumor, o carioca Luciano Lopes Verol (foto) teve que amputar o antebraço. Antes de começar a correr, estava 32kg acima do peso ideal

“Meu nome é Luciano Lopes Verol, tenho 31 anos e sou bancário. Moro no Rio de Janeiro, sou casado com Royane Carvalho Verol, com quem tenho dois filhos que são a razão da minha vida, Luan e Caue. Antes da mudança, eu era uma pessoa totalmente sedentária, com uma alimentação desregrada, e sentia que precisava fazer algo para melhorar minha autoestima e meu corpo, que eu precisava ter uma vida equilibrada em todos os sentidos.

No final de 2009, descobri um câncer em meu antebraço. Com o nome de Rabdomiossarcoma, esse tumor muito agressivo quase me levou à morte. Fiz todo o protocolo de tratamento, que é quimioterapia e radioterapia, porém, não surtiu efeito. Em abril de 2010, tive que amputar meu antebraço. Quando “caiu a ficha” que havia amputado meu antebraço, bateu muito desânimo. Eu achava que não poderia mais correr. Acabei engordando 30kg por conta da quimioterapia e da alimentação totalmente desregrada.

MUDANÇA – Tenho 1,69m de altura e pesava 90 kg antes de correr. Nessa época, era complicado até comprar roupa. Eu sentia que necessitava realmente fazer algo para acabar com aquela forma de viver. Aquele peso todo me fazia muito mal por dentro e por fora. Num certo dia, tentei comprar uma bermuda, e só coube o nº 48. Aquilo me constrangeu de tal forma que minha mudança se iniciou assim que coloquei os pés para fora daquela loja.

Com o incentivo de alguns amigos, em especial o amigo Júnior ‘Bill’ – que me incentivava a correr para perder peso- e minha esposa – que foi uma amiga e meu anjo-, comecei caminhando, e logo depois já estava trotando. Depois fui ao nutricionista para obter uma orientação correta sobre alimentação. Consultar um profissional da área é algo que realmente indico, pois precisamos de profissionais qualificados para isso. Também me matriculei na musculação. Ao mesmo tempo, o “bichinho da corrida” me pegou, entrando realmente no meu cotidiano. A ‘guerra’ pela saúde estava declarada: de um lado, a pessoa altamente sedentária, com 90 kg, e do outro, o sonho de ter uma alimentação saudável e uma vida ativa.

APOIO – Minha esposa e meu amigo Júnior ‘Bill’ sempre me incentivaram. Ele saía para correr comigo. Nas primeiras semanas sofri bastante, pois foi complicado até me reeducar na forma de alimentar. Porém, quando comecei a perder meus primeiros quilos, fiquei motivado e abraçei a ideia de correr. Conheci pessoas e procurei tirar dúvidas que surgiam com meu nutricionista, o que me acrescentou bastante. Hoje, tenho uma alimentação saudável, longe de frituras, gorduras. Nunca imaginei que conseguiria ficar longe da ‘fast-food’ e refrigerante, mas consegui vencer esse lado que somente me fazia mal. O medo também me fez agarrar tudo isso. Tive câncer e nunca mais quero passar por isso de novo. Sofri bastante. Penso em chegar aos 50, 60 anos bem fisicamente e de uma forma saudável, com uma alimentação rica.

Além de fazer fortalecimento muscular, treino seis vezes na semana e corro provas de 5 e 10k, sendo o meu melhor tempo nos 5km de 16min48s e nos 10km, 36min28s. Obtive essas marcas treinando sozinho. Enfim, a lição que tiro hoje é que aprendi a criar novos valores em minha vida. Hoje, amo correr e minha alimentação é excelente. Acordo às 5h30m para treinar feliz e em seguida vou trabalhar. Sou uma pessoa feliz, apesar da minha limitação. A corrida de rua me deu possibilidades incríveis de ter uma qualidade de vida muito melhor. Faço exames semestrais apenas para controle do câncer, e meus exames estão excelentes.

DESAFIO – Quando estava com câncer foi complicado. A todo o momento achava que iria morrer, até por conta do tumor que tinha, pois se tratava de um tumor agressivo demais que leva em muitos caos ao óbito. Numa consulta no Instituto Nacional do Câncer (Inca), uma médica informou-me que eu tinha 92% de óbito e uma sobrevida de mais dois meses. Receber uma notícia dessas não é fácil para ninguém. Mas me agarrei ao único Médico dos Médicos que realmente pode dar o parecer final, que é Jesus Cristo. Deus não quis que eu fosse e me deu essa oportunidade de reverter toda minha vida. Daí em diante foi só alegria. Perdi 30kg, me apaixonei pela corrida de rua, aprendi a respeitar limites e o meu limite. Porém, nunca desisti e nem pensei em desistir, pois gosto muito da frase ‘missão dada é missão cumprida’. Jamais vou desistir. Hoje, meu único medo de verdade é não conseguir correr abaixo de 15min os 5k e abaixo de 33min os 10k. Essa é minha meta e vou conseguir, pois sou determinado e altamente competitivo comigo mesmo.

LIÇÕES – Não foi fácil ter câncer, amputar um antebraço e me readaptar ao dia a dia. Mas faria tudo de novo, pois a minha vitória veio de uma forma realmente agregadora. Hoje tenho uma vida saudável, alimentação balanceada e fiz vários amigos na corrida. Tenho muito a agradecer ao Isaac, da Speed Assessoria Esportiva, que também sempre acreditou em meu potencial. Sou totalmente grato aos meus filhos, Luan e Caue, e minha esposa, Royane, que em todos os momentos desde a minha doença esteve ao meu lado lutando comigo para que eu conseguisse a vitória. Também agradeço ao amigo Júnior, que sempre pegava no meu pé para que eu o acompanhasse nos treinos. Agradeço demais pela insistência dele. Hoje é ele que tem que me acompanhar (rs).

Espero que todos que neste momento estejam passando por algum tipo de problema, seja ele de saúde ou de qualquer outro tipo, tenham a certeza de que quando buscamos algo, por mais impossível que possa parecer, que o mundo conspira sempre a nosso favor. Acreditem em vocês. Sou a prova viva de que mudanças e metas, quando traçadas com profissionais competentes e determinação pessoal, podem ser alcançadas”.

Fonte: Globo Esporte / Eu Atleta

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Passo Firme – 23.10.2012
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Brasil fecha os Jogos com brilho na piscina e nas pistas

Com 21 medalhas de ouro, país faz sua melhor campanha em Paralimpíadas; confira os destaques da competição, que chegou ao fim neste domingo

A alquimia nem sempre é a mais óbvia. Cada medalha de ouro dos Jogos Paralímpicos de Londres, assim como as olímpicas, é feita com apenas 1,34% de ouro, 92,5% de prata, 6,16% de cobre – e 100% de um esforço sobre-humano. O Brasil colheu 21 delas ao longo de 11 dias de competição na terra da Rainha e volta para casa com a campanha mais vitoriosa de sua história. A meta de ficar em sétimo lugar no quadro geral está cumprida, com 43 medalhas no total – 14 pratas e oito bronzes. O hábito de subir no pódio todo dia deve-se muito à natação e ao atletismo, mas não despreza a bocha, o futebol de 5, a esgrima, o judô e o goalball. Tem metal nobre à vontade para todos.

Com seis ouros de Daniel Dias e três de Andre Brasil, a natação volta de Londres como esporte brasieiro mais vitorioso – sem contar quatro pratas e um bronze. As 14 medalhas no total só perdem para o atletismo, que ganhou 18, sendo sete douradas. Os outros títulos paralímpicos do país vieram na bocha, em dose tripla, no futebol de 5 e na esgrima. Após superar Pequim 2008 (47 medalhas, 16 ouros), a meta agora é o milagre da multiplicação dos números para fazer mais bonito ainda dentro de casa, daqui a quatro anos, nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro. Enquanto o novo ciclo começa, confira os destaques da edição 2012.

Daniel Dias, uma usina de ouros

A piscina do Centro Aquático de Londres ficou pequena para ele. Nas seis provas individuais que disputou nas Paralimpíadas de 2012, Daniel Dias não quis saber de variar: faturou o ouro em todas. Foi o melhor do mundo nos 50m peito SB4 e em cinco provas da categoria S5: 50m borboleta, 50m costas, 50m livre, 100m livre e 200m livre. Com 15 medalhas em duas edições dos Jogos, sendo dez ouros, ele superou o nadador Clodoaldo Silva e a corredora Ádria Santos como maior medalhista paralímpico da história do país. O mais assustador é saber que a história ainda não acabou. Aos 24 anos, Daniel está apenas abrindo mais um ciclo olímpico, que vai terminar no Rio em 2016.

Alan Fonteles, o paraense de 20 anos que derrubou a lenda

Era noite de domingo em Londres, e Oscar Pistorius, a maior estrela dos Jogos, corria sozinho para o ouro nos 200m rasos T44. Quase sozinho. Com uma arrancada espetacular na reta final, um paraense de 20 anos correu como nunca e desbancou a lenda para ganhar um ouro histórico. E assim o mundo foi apresentado a Alan Fonteles. As próteses que impulsionaram sua reação foram alvos de críticas de Pistorius. E Pistorius foi alvo de críticas do planeta inteiro, que ameaçou vê-lo como mau perdedor. No dia seguinte, o sul-africano pediu desculpas, e tudo voltou ao normal: nas outras três provas, chegou à frente do brasileiro e fechou sua campanha com dois ouros e uma prata.

Terezinha Guilhermina e a maior lição de todas

Se há quem veja no atleta-guia apenas um coadjuvante nas competições de atletismo, Terezinha Guilhermina discorda. E mostrou isso para um Estádio Olímpico lotado. Já na parte final da prova de 400m T12, o guia Guilherme Santana tropeçou e foi ao chão. A cega mais rápida do mundo ainda tinha chances de pódio, mas optou pela solidariedade. Jogou-se na pista e lá ficou, até Guilherme levantar para os dois cruzarem juntos a linha de chegada em último lugar. O ato nobre foi recompensado no dia seguinte, quando a dupla ganhou o ouro e quebrou o recorde mundial nos 100m T11. Foi o segundo ouro de Terezinha, que também venceu nos 200m.

O futebol que tem o hábito de trazer medalhas de ouro

A derrota de Neymar & Cia para o México na final das Olimpíadas ainda estava fresca na memória quando a seleção brasileira de futebol de 5 abriu sua campanha nas Paralimpíadas. A busca do ouro não era exatamente uma pressão, estava mais para rotina, já que a luta era pelo tricampeonato. E assim foi. Com uma vitória por 2 a 0 sobre a França – algoz nos campos – aequipe verde-amarela garantiu o título. Festa principalmente para Marquinhos, Bill e o goleiro Fábio, que também estavam nas campanhas de Atenas 2004 e Pequim 2008.

Brasil, o país da bocha

Nas Olimpíadas, nem tem. Pouco popular no Brasil, a bocha verde-amarela surpreendeu o torcedor em Londres. Com três ouros e um bronze, foi o terceiro esporte mais laureado do país na campanha em Londres. A trajetória vitoriosa começou com Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos, que conquistaram o bicampeonato nas duplas. Depois, Dirceu repetiu a dose no individual, e Maciel Santos completou a trinca de ouros – Eliseu ainda ganhou um bronze.

Entre os gringos, o show dos super-humanos

Como era de se esperar, Oscar Pistorius atraiu todos os holofotes com os ouros nos 400m T44 e no revezamento 4x100m. Mas a maior coleção de ouros nas Paralimpíadas ficou com a australiana Jacqueline Freney. A rainha paralímpica da natação venceu todas as oito provas que disputou na piscina do Centro Aquático. No tênis de cadeira de rodas, o fenômeno atendia pelo nome de Esther Vergeer. A musa holandesa faturou mais um ouro e não perde uma partida desde 2003. No tênis de mesa, a polonesa Natalia Partyka venceu a disputa na classe 10. E lembra Pistorius por também competir nas Olimpíadas – tem duas participações.

Por fim, não dá para passar pelos Jogos de Londres sem citar a incrível história de Alessandro Zanardi. O italiano, que já foi piloto de Fórmula 1, sofreu um acidente grave aos 34 anos e teve de amputar as duas pernas. Sem esquecer a velocidade, abraçou o ciclismo paralímpico e brilhou ao conquistar dois ouros: na categoria H4 do contra-relógio e na prova de estrada. Para um evento de âmbito mundial marcado pela superação, difícil imaginar exemplo melhor.

Confira todas as medalhas do Brasil nas Paralimpíadas de Londres, dia a dia:

30 de setembro
Andre Brasil – prata nos 200m medley SM10
Daniel Dias – ouro nos 50m livre S5
Michele Ferreira – bronze no judô categoria até 52kg

31 de agosto
Lúcia Teixeira – prata no judô categoria até 57kg
Daniele Bernardes – bronze no judô categoria até 63kg
Andre Brasil ouro nos 50m livre S10
1º de setembro
Andre Brasil – ouro nos 100m borboleta S10
Antônio Tenório – bronze no judô da categoria até 100kg
Daniel Dias – ouro nos 200m livre da S5 de natação
2 de setembro
Yohansson Nascimento – ouro nos 200m T46
Alan Fonteles – ouro nos 200m T44
Terezinha Guilhermina e Jerusa Geber – ouro e prata nos 200m T11
3 de setembro
Odair Santos – prata nos 1.500m T11
4 de setembro
Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos – ouro na classe BC4 na disputa de pares mistos
Andre Brasil – prata nos 100m costas S10
Daniel Dias – ouro nos 100m peito SB4
Yohansson Nascimento – prata nos 400m T46
Felipe Gomes e Daniel Silva – ouro e prata nos 200m T11
Jonathan Santos – bronze no lançamento de disco F40
5 de setembro
Jovane Guissone – ouro na categoria B da esgrima
Terezinha, Jerusa Santos e Jhulia Santos – ouro, prata e bronze nos 100m rasos T11
6 de setembro
Edênia Garcia – prata nos 50m costas S4 da natação
Daniel Dias – ouro nos 50m costas da natação
Andre Brasil e Phelipe Rodrigues – ouro e prata nos 100m livre S10 da natação
7 de setembro
Daniel Dias – ouro nos 50m borboleta da natação
Joana Silva – bronze nos 50m borboleta na natação
Goalball – prata no masculino
Lucas Prado – prata nos 400m T11

8 de setembro
Shirlene Coelho – ouro no lançamento de dardo F37/38
Eliseu dos Santos – bronze na bocha BC4
Maciel Santos – ouro na bocha BC2
Brasil – ouro no futebol de 5 (tricampeonato)
Daniel Dias – ouro 100m livre S5 na natação
Dirceu Pinto – ouro na bocha BC4 (bicampeonato)
Lucas Prado e Felipe Gomes – prata e bronze nos 100m rasos T11
Claudiney Batista – prata no lançamento de dardo F57/58

9 de setembro
Tito Sena – ouro na maratona T46

Fonte: Globo Esporte

Passo Firme – 09.09.2012
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Amputado de braço nos EUA é exemplo de superação no basquete

Jogador tem bolsa de estudos na Universidade de Manhattan por ser atleta da equipe de basquete e encara a deficiência como um desafio a mais em quadra

Kevin Laue (foto) tem 22 anos e 2,14 metros de altura. Com um dos braços amputado, é sinônimo de persistência no time de basquete da Universidade de Manhattan, nos Estados Unidos. Além de companheiro de quadra, ele também é um exemplo inspirador para os outros jogadores, provando que é possível praticar o esporte mesmo com apenas uma das mãos. “Quando eu entro na quadra, todo mundo está me olhando. Todos me querem ver jogando. Se eu cometo um erro, não é a mesma coisa que um jogador com as duas mãos, é diferente. Eu não tenho o direito de errar” conta Kevin.

Durante a gestação de sua mãe, Kevin usou seu braço para evitar que fosse sufocado pelo próprio cordão umbilical enrolado em seu pescoço. Ele acredita ter feito isso por instinto de sobrevivência. Só que a falta de circulação resultou na amputação do membro superior, na altura do cotovelo, quando ainda era bebê.

“Eu tinha minhas dúvidas se era capaz. Minha mãe sempre me incentivou, acreditou em mim. E isso foi muito importante. Todo mundo tem seus medos. Mas você tem que se superar. Tem que insistir. Eu coloquei na minha cabeça que não poderia desistir nunca”, disse o atleta símbolo da Universidade de Manhattan.

A luta pela vida desde muito novo transformou o jovem em um verdadeiro exemplo de superação. Um ‘não’ jamais seria aceito como resposta para os seus sonhos. A insistência é uma marca que Kevin carrega. “Aos 12 anos, fui cortado do time de basquete pelo técnico. Mas eu queria aquilo. E voltei a jogar aos 13”, explicou Laue.

EXEMPLO EM QUADRA – Seus familiares e amigos sabiam do seu potencial, mas não acreditavam que ele chegaria tão longe. Hoje, Kevin Laue possui uma bolsa integral na Universidade de Manhattan por ser um aluno-atleta, destaque do time de basquete. “Eu acabo sendo um exemplo para outras pessoas com deficiência: crianças, pais… Meu ponto forte é a velocidade. Sou bem rápido para um cara do meu tamanho. Já me disseram que, se eu tivesse as duas mãos, eu estaria na liga profissional. Mas eu agradeço a Deus o que tenho e faço o melhor que posso com isso”, relatou.

Exemplo fora da quadra. Inspiração dentro. Kevin tem consciência do significado que a persistência dele possui no universo das pessoas com quem convive. E isso não o intimida, pelo contrário, só serve para aumentar a sua já grandiosa força. “Desculpas não dão créditos. Tem que querer. Acreditar mais no sucesso do que no fracasso. Você pode fazer tudo, qualquer coisa na vida. Se você arrumar desculpas para tudo, com uma ou duas mãos você vai ficar para trás. Você só tem uma vida. Tem que fazer o melhor dela”, finalizou.

Fonte: Globo Esporte

Passo Firme – 27.05.2012
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