Segurado acidentado: Cadastro do Governo vai oferecer trabalhador reabilitado

INSS pretende aperfeiçoar sistema de perícia (Foto: Jonas de Morais/DL)
INSS pretende aperfeiçoar sistema de perícia (Foto: Jonas de Morais/DL)

Governo vai investir para aprimorar perícia médica do INSS e reabilitar 600 mil segurados

O Governo Federal está investindo num setor considerado o “calcanhar de Aquiles” da Previdência Social, que é o de perícias médica do INSS. E quer aprimorar seu sistema de reabilitação e recuperar cerca de 600 mil trabalhadores acidentados no trabalho para que eles possam voltar ao mercado de trabalho.

Técnicos de cinco ministérios (Previdência Social, Saúde, Planejamento, Educação e Trabalho) estão debruçados no projeto. O Governo Federal, por sua vez, vai criar um Cadastro Nacional de Trabalhadores Reabilitados e oferecer novos incentivos às empresas para que elas contratem esses segurados.

Mas isto só vai ocorrer depois que eles passarem por atendimento e tenham condições de voltar ao mercado de trabalho. Um Programa Nacional de Reabilitação Profissional está em final de estudo e deverá ser anunciado ainda neste ano pelo Ministério da Previdência Social, que também está concluindo levantamento sobre o número de pessoas que recebem auxílios do INSS e que podem ser reabilitados.

A meta, segundo a Previdência Social, é triplicar o número de trabalhadores reabilitados por ano. Segundo o INSS, atualmente, 18% de todos os brasileiros que se aposentam anualmente, obtém o benefício por invalidez. A avaliação previdenciária é de que metade desses trabalhadores poderia voltar ao mercado de trabalho caso a reabilitação profissional se torne mais eficiente. A questão vem sendo analisada há mais de dois anos pelo Governo.

Visando aperfeiçoar seus sistema de perícia médica, o INSS assinou convênio com o Instituto DGUV, da Alemanha, para aperfeiçoar o trabalho dos médicos da instituição. O novo plano deve ser apresentado em janeiro de 2014.

Hoje, o instituto reabilita cerca de 22 mil trabalhadores por ano, uma despesa de R$ 15 milhões. Mas o contingente é considerado muito baixo. O governo quer ir além e elevar para 600 mil a quantidade de trabalhadores que poderiam ser reintegrados ao mercado de trabalho com a mudança no modelo de reabilitação profissional no país.

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Governo gasta R$ 60 bi por ano com segurados afastados

Com a iniciativa, o governo espera diminuir os gastos com aposentadorias e pensões por invalidez e com auxílio-doença, da ordem hoje de R$ 60 bilhões por ano. Técnicos de cinco ministérios (Previdência Social, Saúde, Planejamento, Educação e Trabalho) estão debruçados no projeto.

O Cadastro Nacional de Trabalhadores Reabilitados será positivo também para empresas. A iniciativa vai ajudar aquelas que precisam se adequar às exigências de contratar uma parcela de funcionários com deficiências físicas.

Empresários poderão atender a legislação de 1991, que determina cotas de trabalhadores com deficiência. O número varia de 2%, quando há de 100 a 200 empregados, e vai até 5% para as companhias que empregam mais de 1.001 pessoas. O cadastro terá informações às empresas sobre os atendidos pelo programa.

Visando aperfeiçoar seus sistema de perícia médica, o INSS assinou convênio com o Instituto DGUV, da Alemanha, para aperfeiçoar o trabalho dos médicos da instituição. O novo plano deve ser apresentado em janeiro de 2014.

Leia também:

SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA PODERÃO TER DIREITO A REABILITAÇÃO PROFISSIONAL

Fonte: Diário do Litoral

Passo Firme – 16/09/2013
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Programa prevê construção de casas adaptadas para pessoas com deficiência

As unidades do Residências Inclusivas fazem parte do Plano Viver Sem Limite
As unidades do Residências Inclusivas fazem parte do Plano Viver Sem Limite

Denominado ‘Residências Inclusivas’, o programa acolhe jovens e adultos com deficiência, em situação de dependência e que necessitem de cuidados de terceiros para fazer atividades básicas. A construção dessas unidades faz parte do Plano Viver Sem Limite

Até 2014 o governo federal irá investir R$ 12,8 milhões na expansão das unidades de Residências Inclusivas. Com esse esforço, serão instaladas 200 unidades desses equipamentos públicos que acolhem jovens e adultos com deficiência, em situação de dependência e que necessitem de cuidados de terceiros para fazer atividades básicas. Além de oferecer atendimento personalizado, as Residências Inclusivas funcionam como um lar para esse público.

Em 2012, o ministério financiou 40 Residências Inclusivas, que estão em processo de implantação, e dessas, cinco já funcionam em Campo Grande (MS), Bauru (SP), João Pessoa (PB), Cascavel (PR). No município paranaense há duas unidades. A previsão é que sejam cofinanciadas mais 160 neste anoA construção dessas unidades faz parte do Plano Viver Sem Limite, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Para implantar unidades de Residências Inclusivas, os estados, municípios e o Distrito Federal e podem solicitar a adesão por meio do preenchimento do Termo de Aceite, que estará disponível para preenchimento do próximo dia 27 de maio a 21 de junho, sendo eletrônico para os municípios e físico para os estados e Distrito Federal. O conteúdo do Termo de Aceite já pode ser acessado para conhecimento dos gestores.

CIDADES QUE PODEM ADERIR – O MDS também divulgou a lista dos municípios que podem participar. A lista foi elaborada com base nos resultados do Censo Suas e nas informações fornecidas pelo Ministério da Saúde. O repasse das verbas está previsto para junho, após a conclusão do processo de adesão.

O governo federal poderá apoiar a instalação de até seis Residências Inclusivas por município, estados e DF e, excepcionalmente, até 15 unidades, onde o Censo Suas – Unidades de Acolhimento 2012 tenha registrado a existência de abrigos com mais de 60 pessoas com deficiência.

O prazo para implantação das Residências Inclusivas é de um ano, contado a partir do início do financiamento. Podem participar o Distrito Federal e os municípios com população acima de 50 mil que tenham Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) em funcionamento e disponham de serviços de atenção básica da saúde (Programa Saúde da Família). Os estados também poderão instalar Residências Inclusivas com atuação regionalizada.

RESIDÊNCIAS INCLUSIVAS – O público-alvo do serviço são jovens e adultos com deficiência, em situação de dependência, prioritariamente aqueles atendidos pelo Benefício de Prestação Continuada – BPC, que não disponham de condições de autossustentabilidade ou de retaguarda familiar e/ou que estejam em processo de desinstitucionalização de instituições de longa permanência.

Vale ressaltar que crianças e adolescentes (de 0 a 18 anos incompletos) deverão ser atendidas nos serviços de acolhimento destinadas a crianças e adolescentes.

Com o serviço ininterrupto (24 horas por dia), cada Residência Inclusiva deverá ter até 10 jovens e adultos com deficiência, em situação de dependência. E deverão estar inseridas em áreas residenciais na comunidade, sem distanciar excessivamente do padrão das casas vizinhas, nem, tampouco, da realidade geográfica e sociocultural dos usuários.

Conforme a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, Norma Operacional Básica de Recursos Humanos- NOB-RH, para o atendimento em pequenos grupos a usuários com demandas específicas, ressalta-se a importância de ter uma equipe técnica do Serviço composta por cuidadores e auxiliar de cuidadores, além de trabalhadores do Suas de nível superior como Psicólogo, Assistente Social e Terapeuta Ocupacional, que poderão atender as especificidades dos serviços socioassistenciais, assim como da Residência Inclusiva.

Poderão aderir ao programa o Distrito Federal, capitais ou municípios com população superior a 100.000 (cem mil) habitantes, que observem os requisitos como: habilitação em gestão básica ou plena do Sistema Único de Assistência Social (SUAS); possuir Cras e Creas implantados e em funcionamento, identificados por meio do Censo Suas 2011 ou do Cadsuas, independentemente da fonte de financiamento; dispor de pelo menos um dos serviços de saúde ( estratégia Saúde da Família, Núcleo de Apoio à Saúde da Família e Programa Melhor em Casa).

Por fim o município deverá apresentar Plano de Reordenamento, elaborado conforme roteiro a ser disponibilizado pelo MDS, contendo ações necessárias para reordenar os serviços de acolhimento para pessoas com deficiência existentes no município ou Distrito Federal.

O Plano de Reordenamento é um instrumento de planejamento da gestão municipal ou o do Distrito Federal que contém ações, estratégias e cronograma gradativo, visando à qualificação da oferta dos serviços de acolhimento para pessoas com deficiência, à adequação às normativas, orientações e legislações vigentes.

VIVER SEM LIMITES – O Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite foi lançado pelo governo federal em novembro do ano passado com o objetivo de promover a cidadania, a autonomia e o fortalecimento da participação da pessoa com deficiência na sociedade, eliminando barreiras e permitindo o acesso aos bens e serviços disponíveis a toda a população.

Desde então, o País tem promovido diversas ações estratégicas em educação, saúde, inclusão social e acessibilidade. Entre estas ações, está a criação da linha BB Crédito Acessibilidade em fevereiro deste ano.

Fonte: Portal Brasil | Via Ministério do Desenvolvimento Social

Passo Firme – 06/06/2013
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Modalidades olímpicas e paraolímpicas receberão investimentos de R$ 180 milhões

ESPORTES

A meta é colocar o Brasil entre as dez principais potências olímpicas e as cinco paraolímpicas nos jogos de 2016

Como apoio às modalidades olímpicas e paraolímpicas na preparação para as Olimpíadas Rio 2016, o Ministério do Esporte repassará, por meio de convênios, um total de R$ 182,9 milhões a confederações, federações, clubes e Comitê Paraolímpico Brasileiro. Os projetos aprovados incluem desde o treinamento de equipes de base e seleções principais no Brasil e no exterior até a estruturação de centros de treinamento e compra de equipamentos. Estes recursos não fazem parte do Plano Brasil Medalhas 2016.

Por meio de chamada pública para entidades privadas, aberta em agosto do ano passado, o ministério recebeu 87 projetos, dos quais 57 foram aprovados. Os recursos, que vão contemplar 26 instituições, fazem parte do planejamento mais focado para os esportes olímpicos e paraolímpicos adotado em 2009, após a escolha do Rio para sede dos jogos de 2016.

De acordo com o secretário de Esporte de Alto Rendimento do Ministério e coordenador do projeto olímpico do governo federal , Ricardo Leyser, a meta é colocar o Brasil entre as dez principais potências olímpicas e as cinco paraolímpicas da Olimpíada de 2016. “Para isso, é preciso que todas as modalidades atinjam seu melhor desempenho na história, independentemente da conquista de medalhas. As que já têm medalhas vão tentar aumentar a quantidade, mas aquelas que ainda não subiram ao pódio também devem contribuir com a meta, melhorando sua performance”, afirma Leyser. Desta forma, o ministério apoia modalidades que a princípio não constam como candidatas à conquista de medalhas em 2016, mas podem consegui-las em 2020, como por exemplo, o golfe e o rúgbi.

ESPORTES – Na bateria de convênios efetivada desde janeiro, o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), por exemplo, conta com R$ 38,2 milhões para a preparação de suas seleções permanentes de 16 modalidades. O basquete e o vôlei vêm a seguir, com R$ 24 milhões cada.

A Confederação Brasileira de Basketball (CBB) e a Liga Nacional de Basquete (LNB) apresentaram propostas para preparação de seleções principais e de base e desenvolvimento de talentos. Também serão comprados equipamentos para ginásios que recebem jogos do Novo Basquete Brasil (NBB), da Liga de Desenvolvimento do Basquete e de competições regionais e estaduais de equipes de base e treinamentos de seleções. No total, são nove convênios com as duas entidades do basquete.

No caso da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), os recursos aprovados também serão aplicados na preparação de seleções, da categoria infantil à principal, assim como na realização de campeonatos brasileiros, em suas duas modalidades – quadra e praia.

O judô terá R$ 10 milhões para diversos projetos, como aquisição de novos equipamentos para desenvolvimento do esporte nos estados, formação de equipes de base e preparação de categorias juvenis, além de contratação de técnicos e equipe multidisciplinar para a seleção principal.

O Golfe adaptado será uma das novas modalidades que passarão a contar com investimento do Governo
O Golfe adaptado será uma das novas modalidades que passarão a contar com investimento do Governo

NOVAS MODALIDADES – Modalidades que, ao contrário, farão sua estreia no programa olímpico do Rio 2016, o golfe e o rúgbi também tiveram projetos aprovados. O golfe terá cerca de R$ 3,1 milhões e o rúgbi, R$ 8,4 milhões, para preparação de suas seleções, participação em competições e intercâmbios e compra de materiais.

Sete clubes tiveram projetos aprovados. O Pinheiros, de São Paulo, terá cerca de R$ 6,5 milhões para modernização de ginásio poliesportivo e piscina olímpica, preparação de atletas de alta performance e formação de talentos de natação, vôlei, basquete e handebol, além de compra de equipamentos para 15 modalidades olímpicas. O Grêmio Náutico União, do Rio Grande do Sul, outro exemplo, terá em torno de R$ 4 milhões para serem aplicados basicamente em judô, remo, ginástica e esgrima.

Há ainda quantias para projetos menores, como o proposto pela Federação de Tênis de Mesa do Rio de Janeiro, para compra de equipamentos e benefício a atletas olímpicos e paraolímpicos, de cerca de R$ 150 mil.

As 26 instituições com projetos aprovados são: Confederação Brasileira de Basketball (CBB), Liga Nacional de Basquete (LNB), Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA), Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN), Confederação Brasileira de Esgrima (CBE), Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Confederação Brasileira de Golfe (CBG), Confederação Brasileira de Rugby (CBRu), Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno (CBPM), Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE), Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTArco), Federação de Tênis de Mesa do Rio de Janeiro (FTMRJ), Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Esporte Clube Pinheiros (SP), Tijuca Tênis Clube (RJ), Minas Tênis Clube (MG), Sogipa (RS), Grêmio Náutico União (RS), UniLaSale (RS) e Sesi-SC.

RIO 2013 – Desde outubro de 2009, quando foi anunciado como sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, o Rio de Janeiro se prepara para receber atletas e visitantes no maior evento esportivo do planeta, a ser realizado pela primeira vez na América do Sul. A cidade passará por uma profunda transformação urbana e social: serão priorizadas as construções de vias expressas, túneis e moradia, linhas de BRT (sigla para Bus Rapid Transit – corredor exclusivo de ônibus) e revitalização da zona portuária.

Graças às realizações, em anos anteriores, dos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos (2007), Jogos Mundiais Militares (2011) e também da Copa do Mundo de 2014, a cidade não terá de sair do zero para ser o centro do mundo esportivo em agosto de 2016. Na Vila Olímpica e Paralímpica, por exemplo, apenas 26% das instalações precisarão ser construídas.

Fonte: Ministério do Esporte

Passo Firme – 02/06/2013
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ABRIDEF quer agora o reajuste do valor máximo para compra de veículos 0 km para pessoas com deficiência

Em janeiro, a compra de veículo 0 km com isenção do ICMS – que antes beneficiava apenas pessoas com deficiência condutores - foi estendida às pessoas com deficiência física não condutores, bem como pessoas com deficiência visual, intelectual e autista
Em janeiro, a compra de veículo 0 km com isenção do ICMS – que antes beneficiava apenas pessoas com deficiência condutores – foi estendida às pessoas com deficiência física não condutores, bem como pessoas com deficiência visual, intelectual e autista

Depois de conseguir que a isenção do ICMS incidente na compra de veículos para pessoa com deficiência beneficie também os não-condutores, a Associação Brasileira das Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência (Abridef) agora está trabalhando para conseguir reajustar o limite máximo do valor do carro com isenção. Hoje, pessoas com deficiência só podem se beneficiar da isenção do imposto na compra de carros com preço máximo de até R$ 70 mil, o que deixa fora da lista os veículos maiores, muitas vezes necessários para ao transporte de equipamentos de locomoção e uso diário, necessários para algumas deficiências. “Queremos que o valor do t eto seja reajustado pelos índices da inflação do período até os dias de hoje, pois o último reajuste aconteceu, em 2009”, disse Rodrigo Rosso, presidente da entidade.

A inclusão dos não-condutores no benefício passou a valer em janeiro último e foi amplamente celebrada pela entidade porque muitas vezes as pessoas com deficiência que não dirigem são as que precisam de maior suporte. “Em vários casos, são as pessoas que possuem deficiências até mais graves e precisam ser levadas por terceiros na hora de se deslocar”, afirmou Rosso.

Desde que foi criada, há três anos, a Abridef vem se envolvendo diretamente na questão da isenção de impostos para compra de carro para a pessoa com deficiência. A primeira batalha, em conjunto com lideranças e entidades do segmento, foi pela prorrogação do prazo do convênio que vencia em abril de 2011 e foi prorrogado até dezembro de 2012. Logo em seguida, começava a batalha pela inclusão dos não-condutores, conquistada ainda em 2012.

O universo de pessoas com algum tipo de deficiência atinge 45 milhões em todo o país, quando incluímos os familiares, chegamos a uma parcela de mais de 100 milhões de pessoas no mercado de automóveis para pessoa com deficiência. De acordo com o presidente da Abridef, o volume de carros comercializados, no entanto, ainda é muito baixo. Em 2011 foram 32.500 veículos 0 km, mas em 2012 as montadoras comemoraram um aumento de 25% nas vendas em relação ao ano anterior, batendo a casa dos 42 mil carros comercializados com isenção de impostos para pessoa com deficiência. Com a isenção para não-condutores, o objetivo é dar oportunidade a uma grande parcela da população com deficiência e familiar es para aquisição do meio de transporte. Mais informações em http://www.abridef.org.br

ABRIDEF – Fundada em 2010, a Abridef é uma associação civil de Direito Privado, sem fins lucrativos e reúne os principais fabricantes de produtos e prestadores de serviços para o setor da pessoa com deficiência, mobilidade reduzida e idosos. Trabalha para normatizar o segmento e certificar produtos e serviços para o consumidor final por meio do SELO DE QUALIDADE ABRIDEF. Atualmente, conta com 50 associados em todo o Brasil e tem com objetivo promover o intercâmbio nacional e internacional de tecnologias, informações e experiências. Mais informações em www.abridef.org.br

Fonte: Assessoria

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EM JANEIRO, COMEÇA A VALER ISENÇÃO DE ICMS PARA DEFICIENTES VISUAIS, INTELECTUAIS, AUTISTAS E NÃO-CONDUTORES

Passo Firme – 23/05/2013
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Em janeiro, começa a valer isenção de ICMS para deficientes visuais, intelectuais, autistas e não-condutores

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A partir de janeiro de 2013, a compra de veículo 0 km com isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) – que antes beneficiava apenas pessoas com deficiência física, com autonomia para dirigir -, será estendida às pessoas com deficiência visual, intelectual e autista, bem como para pessoas com deficiência física não-condutores. Isso significa que essas pessoas, que precisam ser conduzidas por terceiros, também terão direito ao benefício.

A decisão foi unânime no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), reunido em Cuiabá (MT), em março deste ano, cuja decisão foi publicada no Diário Oficial da União em 9 de abril deste ano, por meio do Convênio 38. A medida, que começa a vigorar em todos os estados brasileiro, beneficia ainda o representante legal ou assistente da pessoa com deficiência na condição de condutor, que também terá direito a isenção. O valor do veículo, incluídos os tributos, não pode ser superior a R$ 70 mil.

Para o secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos, Antonio José Ferreira, “esta importante medida amplia a isenção do imposto às pessoas com deficiência que não tem autonomia de conduzir seu veículo, garantindo assim acessibilidade e equiparação de oportunidade”.

A conquista foi fruto de parceria de entidades e lideranças do setor, juntamente com a Frente Parlamentar do Congresso Nacional em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, que reúne senadores e deputados federais engajados na causa dos direitos das pessoas com deficiência.

A bailarina cadeirante, Meirilane Dutra, adquiriu carro adaptado. “A diferença de preço de comprar um carro comum e um carro adaptado é grande. O preço normal de um carro como o que eu tenho é R$ 45,8 mil. Com o direito que o governo diz que nós temos saiu por R$ 32,8 mil”, afirma a bailarina, acrescentando que, em Teresina, onde mora, pelo menos dez cadeirantes de seu círculo de conhecidos têm carro adaptado.

O advogado Norberto Campelo fala da relevância do incentivo. “O incentivo é importante porque um carro especial traz um custo a mais no veículo e a lei vem facilitar e possibilitar a acessibilidade”.

Com informações do site 180 Graus e Portal Transporta Brasil.

Leia também:

Isenção do ICMS sobre veículos para pessoas com deficiência é ampliada
Aprovada MP que concede isenção de tributos a produtos destinados a pessoas com deficiência
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Passo Firme – 13.12.2012
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Ministério da Saúde lança diretrizes para tratar pacientes amputados

Diretrizes

Profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) contam agora com mais informações para triagem auditiva neonatal e para ajudar no tratamento de pessoas amputadas e com lesão medular. O Ministério da Saúde lançou mais três Diretrizes de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência para que profissionais de saúde estejam preparados para dar um atendimento qualificado a este público. As diretrizes integram as ações do plano Viver sem Limite, lançado há um ano pelo governo federal.

O lançamento das Diretrizes de Atenção à Pessoa Amputada; Diretrizes de Atenção à Pessoa com Lesão Medular e Diretrizes Brasileiras para a Triagem Auditiva Neonatal ocorreram durante a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, realizada de 3 a 6 deste mês, no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília. Voltadas às equipes multiprofissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), as diretrizes trazem informações detalhadas sobre como proceder quanto ao diagnóstico, caracterização da doença, tratamento, controle e acompanhamento dos usuários, entre outros. De acordo com o Censo do IBGE 2010, hoje existem no país 45,6 milhões de pessoas que se declaram com deficiência.

Em setembro foi lançada duas diretrizes voltadas para pessoas com Síndrome de Down, entre elas, uma com versão acessível preparada por jovens com a síndrome e entidades sociais. Até 2014, está previsto o lançamento de mais seis diretrizes de Atenção à Pessoa com Deficiência: Pessoa com Autismo; Pessoa com Acidente Vascular Encefálico (AVE); Orientação a Detecção e Intervenção Precoce e Prevenção de Deficiências Visuais – “Saúde Ocular na Infância”; Pessoa com Paralisia Cerebral; Pessoa com Traumatismo Crânio-Encefálico e Pessoa com Deficiência Intelectual.

Viver Sem Limite-726617VIVER SEM LIMITE – Lançado em 17 de novembro de 2011 pela presidenta Dilma Rousseff (Decreto 7.612), o Viver sem Limite – Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em parceria com outros 15 ministérios. Até 2014, serão investidos no plano R$ 7,6 bilhões, sendo que R$ 1,4 bilhão será destinado ao eixo da saúde – R$ 891 milhões em 2012 – cerca de R$ 250 milhões a mais que 2011, quando foram investidos R$ 641 milhões na Saúde da Pessoa Com Deficiência.

O plano possui quatro eixos de atuação: acesso à educação, atenção à saúde, inclusão social e acessibilidade. Entre as ações, está a criação de Centros Especializados em Reabilitação (CER), cujo objetivo é ampliar o acesso e a qualidade dos serviços de saúde prestados às pessoas com deficiência. Até setembro deste ano, já foram aprovadas mais 33 propostas, sendo 20 para construção e 13 para qualificação de serviços existentes, totalizando investimentos de R$ 102,48 milhões.

Veja abaixo as principais orientações das diretrizes:

ATENÇÃO À PESSOA AMPUTADA

– planejamento da cirurgia de amputação de um membro prevendo o processo de reabilitação em menor tempo possível;
– modelagem do coto com faixa elástica para reduzir o aumento de edema residual;
– orientação sobre a forma correta de preparação do coto para receber uma prótese, evitando deformidades nas articulações;
– adaptação para uso correto da prótese;
– treino do paciente para locomoção com andadores, muletas e bengalas;
– Estimativa de pessoas beneficiadas: 50 mil pessoas/ano (de acordo com procedimentos de amputação no SUS/2011)

ATENÇÃO À PESSOA COM LESÃO MEDULAR

– imobilização no momento do socorro imediato com o objetivo de evitar novas lesões/traumas ou piora do quadro clínico instaurado;
– orientações para prevenir escaras (feridas) provocadas pela falta de mobilidade do paciente;
– uso de sonda para esvaziamento da bexiga;
– prevenção e tratamento de possíveis comorbidades (complicações) da lesão medulas, como ossificação heterotópica, osteoporose e trombose venosa profunda;
-Estimativa de pessoas beneficiadas: 10 mil pessoas/ano (incidência aproximada de novos casos/ano)

TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL (TAN)

– identificação precoce da deficiência auditiva dos neonatos e lactentes;
– teste deve ser feito entre 24 a 48h após o nascimento da criança, na maternidade ou, no máximo, durante o primeiro mês de vida;
– Público alvo: bebês nascidos vivos (nº de bebês nascidos vivos em 2011: 87.933)

Fonte: Portal da Saúde

Passo Firme – 10/12/2012
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Governo quer criar cadastro de trabalhador reabilitado pelo INSS

Governo federal quer acabar com a cultura do brasileiro de ‘ficar encostado pelo INSS’. Programa prevê recuperar segurado acidentado para que ele possa voltar ao mercado

O Governo Federal vai criar um Cadastro Nacional de Trabalhadores Reabilitados para que empresas contratem esses segurados depois que eles passarem por atendimento e tenham condições de voltar ao mercado de trabalho. Para isso, está em fase de estudo a implantação do Programa Nacional de Reabilitação Profissional. A meta é triplicar o número de trabalhadores reabilitados por ano.

Segundo o INSS, atualmente, 18% de todos os brasileiros que se aposentam anualmente pedem o benefício por invalidez. A avaliação do instituto é de que metade desse contingente poderia voltar ao mercado caso a reabilitação profissional se torne mais eficaz. O assunto é tratado pelo governo como se fosse uma mini-reforma.

A ideia do INSS é acabar com a cultura do brasileiro de, ao sofrer acidente de trabalho, preferir ficar “encostado” pela Previdência do que voltar ao trabalho. Hoje, o instituto reabilita em torno de 22 mil trabalhadores por ano, uma despesa de R$ 15 milhões. Mas o contingente é considerado muito baixo. O governo quer ir além e elevar para 600 mil a quantidade de trabalhadores que poderiam ser reintegrados ao mercado de trabalho com a mudança no modelo de reabilitação profissional no país.

Com a iniciativa, a esperança é diminuir os gastos com aposentadorias e pensões por invalidez e com auxílio-doença, da ordem hoje de R$ 60 bilhões por ano. Técnicos de cinco ministérios (Previdência Social, Saúde, Planejamento, Educação e Trabalho) estão debruçados no projeto.

BENEFÍCIOS PARA AS EMPRESAS – O Cadastro Nacional de Trabalhadores Reabilitados será positivo também para empresas. A iniciativa vai ajudar aquelas que precisam se adequar às exigências de contratar uma parcela de funcionários com deficiências físicas. Empresários poderão atender a legislação de 1991, que determina cotas de trabalhadores com deficiência. O número varia de 2%, quando há de 100 a 200 empregados, e vai até 5% para as companhias que empregam mais de 1.001 pessoas.

O cadastro terá informações às empresas sobre os atendidos pelo programa. Em paralelo, o INSS assinou convênio com o Instituto DGUV, da Alemanha, para aperfeiçoar o trabalho dos médicos da instituição. O novo plano deve ser apresentado até 10 de janeiro.

Fonte: O Dia

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Aposentados podem requerer próteses ortopédicas no INSS
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Passo Firme – 08.11.2012
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Dicas para comprar um veículo especial adaptado

Pessoas com deficiência possuem benefícios na hora de comprar um carro adaptado. Porém, o caminho é burocrático e demorado

Não é tão difícil assim rodar pelas ruas dos grandes centros e encontrar nos vidros dos carros adesivos que indicam que o condutor possui algum tipo de deficiência física. Obviamente, para que essas pessoas com deficiência, conhecidas como PcD, possam ir e vir dirigindo seu veículo tranquilamente foi preciso realizar algum tipo de adaptação para suprir algumas necessidades básicas do motorista.

Embora essa prática esteja cada vez mais ativa – de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência (Abridef), só em 2011 foram mais de 32,5 mil carros comercializados para este fim –, ainda existem muitas pessoas que desconhecem o direito concedido pelo governo federal de isenção de impostos para cidadãos que possuem limitações físicas e queiram adquirir um veiculo zero km.

Dentre os direitos, o PcD não paga IPI (Imposto sobre produtos industrializados), está isento também do ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços), bem como do IPVA (Imposto sobre a propriedade de veículos automotores) e, para os residentes em São Paulo, também estão aptos a rodarem nos dias de rodízio sem a preocupação de serem advertidos com multas. Ou seja, juntando tudo isso, o desconto na compra de um zero km para PPD pode chegar a 30%.

Foi desta forma que a paulistana Elza Donaile Pucci, vítima de uma mastectomia, em virtude de um câncer de mama, adquiriu um veículo com a isenção das taxas. “Tempos depois de ter retirado uma das mamas soube do desconto na compra de veículo zero km. Corri atrás de uma auto escola credenciada para adquirir a CNH especial, e em seguida apresentei os laudos médicos”, disse Elza. Logo após esse processo, a paulistana procurou uma consultoria especializada neste assunto.

“Fui orientada a procurar uma empresa que trabalha exclusivamente nestes casos. Com os laudos dos médicos em mãos, só me preocupei em escolher o carro. Hoje já estou adquirindo meu terceiro carro nesta condição”. Elza ainda enfatiza que o desconto concedido é relevante, mas, contudo, a burocracia faz as pessoas desistirem. “Todo o processo dura quase um ano, mas vale à pena, embora conheça pessoas que tenham desistido”, completa.

ETAPAS – O primeiro passo é procurar uma auto escola credenciada que atenda esse tipo cliente, pois ela é obrigada a ter em sua frota veículos adaptados para quaisquer necessidade física do condutor. A seguir, com os laudos do médico constatando o grau de deficiência, a pessoa precisa ser encaminhada a um médico perito do órgão regular de trânsito local, pois é ele quem irá indicar quais as adaptações que o veículo precisará ter para cada indivíduo. Só após um longo período, com todos os papeis em mãos, a pessoas com deficiência poderá ir até uma revenda e escolher um carro que, segundo a norma, deverá ser nacional ou nacionalizado com o valor igual ou inferior a R$ 70 mil.

Névia Bernardes da Gama, dona da Névia Isenções, diz que é um processo burocrático, pois além dos gastos o cliente precisa cumprir os prazos legais, caso contrário será obrigado a realizar tudo outra vez. “Após cumprir todas as etapas, a pessoa receberá uma carta com prazo de 180 dias para que ele possa escolher e comprar o carro, inclusive, esse prazo também continuará a ser contado até que o veículo seja faturado, caso contrário a pessoa terá que fazer todo o processo novamente”, destaca a empresária.

FIQUE POR DENTRO – Algumas concessionárias já trabalham com atendimento especializado para pessoas com deficiência, como é o caso da Honda, Fiat, Peugeot, Toyota, Nissan, entre outras. “A Honda possui um serviço nomeado de “conduz” que da todo o suporte a estes clientes”, afirma Robson Aparecido Jerônimo, gerente de vendas da Honda. Para se ter uma ideia da diferença que e paga por um veículo com e sem o desconto. Um Honda Civic LXS, cujo valor está fixado, segundo tabela da concessionária, em R$ 66.500, com a isenção das taxas essa valor cai para R$ 53.300. Já um Fiat Palio Essence 1.6 dualogic que tem preço fixo de R$ 38.940, pode chegar à R$ 30.038, somados a todos os descontos.

Fonte: Carsale

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Passo Firme – 28.09.2012
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Abridef apresenta “Selo de Qualidade” na Reabilitação

A Associação Brasileira de Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência (Abridef) marcou sua participação na Reabilitação Feira+Fórum com a apresentação do “Selo de Qualidade Abridef”. A iniciativa considerada pioneira tem como objetivo regularizar o mercado que movimenta atualmente cerca de R$ 3,5 bilhões. “Temos em média cerca de 7.500 empresas no setor, que comercializam seus produtos sem qualquer validação de qualidade. O selo vem para contribuir e certificar esta demanda, o que representará uma auto-regulação do mercado”, afirma o presidente da entidade, Rodrigo Rosso.

A Abridef será encarregada de elaborar os procedimentos que deverão ser seguidos, obedecendo à regulamentação e normas técnicas já existentes, tanto brasileiras quanto estrangeiras e credenciar os laboratórios e empresas certificadoras que deverão ser procurados pelos interessados em obter o selo. O Instituto Totun avaliará as empresas interessadas em adquirir o selo, seguindo manual da Abridef. “O selo da é uma iniciativa inédita, o que motivou ainda mais o Instituto Totum a trabalhar em parceria com a instituição. Seguindo o manual, vamos acompanhar e avaliar todo o processo da certificação”, explica Fernando Lopes do Instituto Totum.

O próximo passo fase para ativar o “Selo de Qualidade Abridef”, segundo Rosso será buscar o apoio financeiro do governo federal através dos recursos do Plano “Viver Sem Limite”. “A certificação colaborará não somente para o consumidor final que terá um produto de qualidade validado, mas também, uma ferramenta do governo para regularizar o mercado. Nosso setor precisa se modernizar, mas de forma ordenada e ética, seguindo normas e padrões”, complementa o presidente da Abridef.

O projeto prevê várias fases, a primeira de quatro anos, em que poderão pleitear a certificação produtos como: aparelhos auditivos convencionais, cadeiras de rodas manuais e motorizadas, componentes para próteses, lupas eletrônica e manual, órteses e plataformas residenciais e veiculares. A lista foi escolhida nesta primeira etapa de certificação porque envolve produtos que o Governo mais licita e compra. A ideia é que, no futuro, sejam incluídas nas licitações as normas utilizadas para a obtenção do selo, garantindo para o próprio governo a aquisição de produtos com real qualidade.

Na fase inicial também poderão solicitar a certificação empresas de serviços, como consultorias em acessibilidade, lojas de produtos e equipamentos médico-hospitalares e oficinas ortopédicas.

Sobre a expectativa das empresas em relação ao selo, Rosso é otimista. “A certificação de certa forma vai amparar um mercado que está em evolução, mas sem acreditação de seus produtos. As empresas já estão em contato com a entidade para buscar informações sobre o selo. O que demonstra um interesse positivo”, finaliza Rosso. Fonte: Reabilitação

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Reabilitação: congresso de medicina física apresenta cases internacionais

Passo Firme – 19.08.2012

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Reabilitação: congresso de medicina física apresenta cases internacionais

Para trazer informações inovadoras para seus participantes, o XXIII Congresso Brasileiro de Medicina Física e Reabilitação recebe palestrantes de renome nacional e internacional. A sessão sobre novas tecnologias, realizada no último dia 15, é um exemplo disso.

O pesquisador Felipe Fregni, professor na Faculdade de Medicina de Harvard, falou sobre Estimulação Magnética Transcraneana (TMS) na reabilitação neurológica e abordou as vantagens e avanços em pesquisas científicas na área. Fregni destacou alguns pontos positivos da técnica, como controle da intensidade e freqüência, desenvolvimento de marcadores e o menor custo em comparação com opções farmacológicas. De acordo com o pesquisador, a técnica pode ser utilizada em casos de dor crônica, como a fibromialgia, e em pessoas que sofreram acidente vascular cerebral (AVC).

Trazendo a experiência do Japão, o médico fisiatra da Universidade de Fujita, Eiichi Saitoh (foto), apresentou experiências sobre dispositivos robóticos para reabilitação. Saitoh destacou que o futuro é incerto, mas é possível dizer que o Japão será cada dia mais um país de idosos. “O número de pessoas que precisam de cuidadores não para de crescer e estamos trabalhando no desenvolvimento de robôs que podem auxiliar no tratamento e assistência a idosos e pessoas com deficiência”, contou Saitoh.

Fonte: Reabilitação

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Próteses e órteses terão taxas especiais de financiamento

Passo Firme – 18.08.2012

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Próteses e órteses terão taxas especiais de financiamento

Nova lista de produtos de tecnologia assistiva está prevista para setembro, e deve aumentar de 30 para mais de dois mil itens

A edição 2012 da Feira Reabilitação, realizada pela HOSPITALAR entre 15 e 17 deste mês, rendeu bons frutos para as pessoas com deficiência que necessitam de produtos de tecnologia assistiva, como próteses e órteses, por exemplo. Após encontros e pedidos ao Governo Federal, a proposta da Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (Abotec) para ampliação da lista de produtos de tecnologia assistiva, dentro do Plano Viver Sem Limites, foi aceita pela Secretaria da Pessoa com Deficiência, e já estará valendo a partir de setembro. Com a alteração, o número de equipamentos com taxas especiais subsidiadas pelo Banco do Brasil passará de 30 para mais de dois mil itens. Além disso, durante a feira foi oficializada a realização do I Congresso Abotec-ISPO-Brasil de Órteses, Próteses e Reabilitação, que acontecerá em 2013 junto com a Reabilitação, em São Paulo.

Na nova lista de produtos de tecnologia assistiva estarão incluídas órteses e próteses ortopédicas que, segundo estimativas da Abotec, são usados por aproximadamente metade da população de 45 milhões de pessoas, que possuem algum tipo de deficiência no Brasil. As taxas de juros são de 0,44% ao mês para produtos até R$ 5 mil, e 0,64% para equipamentos acima desse montante. “Achamos importante o entendimento do Governo Federal às sugestões da Abotec para que fossem atendidos também essa parcela significativa de pessoas com deficiência nos país. Essa é uma grande etapa vencida, mas ainda temos de fazer pelo setor e pelos nossos pacientes”, afirma Joaquim Cunha, presidente da associação.

De acordo com o assessor da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Fernando Ribeiro, esta integração entre as associações e empresas e o Governo serão fundamentais para o benefício da população que precisa de incentivos para produtos com tecnologia assistiva. “Vemos de maneira significativa essa parceria entre a indústria e o poder público. Os resultados disso ajudarão desde o setor produtivo, com aumento na escala de mercado e demandas dos seus produtos, até o paciente que terá mais opções de onde comprar, atendendo ao mesmo tempo, mais diversidades”, analisa.

I Congresso ABOTEC – ISPO-Brasil de Órteses, Próteses e Reabilitação

Durante a feira, a ABOTEC e ISPO-Brasil lançaram oficialmente o I Congresso ABOTEC ISPO-Brasil de Órteses, Próteses e Reabilitação, evento que contará com a presença de especialistas internacionais e será realizado juntamente com a Reabilitação 2013, no Parque do Anhembi entre os dias 30 de julho e 1º de agosto. Para a presidente fundadora da Reabilitação, Waleska Santos, a realização do congresso dará uma contribuição importante para a feira. “As portas da reabilitação estão abertas para Abotec e a ISPO-Brasil. Sem dúvidas, o setor com um todo será o maior beneficiado com a integração desses dois grandes eventos. Estamos felizes de honrados de termos sido os escolhidos para essa junção”, explica.

Uma das maiores lideranças no Brasil, nos últimos 30 anos, pelos direitos das pessoas com deficiência, a deputada estadual de São Paulo, Célia Leão, parabenizou no evento as ações da Abotec em prol dessa parcela da população. “A associação tem sido cúmplice desse momento de evolução e interação das pessoas com deficiência na sociedade. Produtos de tecnologia assistiva não são como sapatos, eles precisam ser feitos especialmente para aquele paciente e acompanhar a suas mudanças físicas. E é impossível reabilitar bem alguém, se não houver produtos que dê condições para nos colocarmos como iguais e buscamos as mesmas oportunidades”, conta.

Aproximação com o Governo Federal

Durante o painel de Observatório de Tecnologia Assitiva, realizada na Feira Reabilitação, a ABOTEC foi convidada juntamente com a Abteca (Associação Brasileira de Tecnologia Assistiva) e a Abridef (Associação Brasileira das Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência) para auxiliarem o Ministério da Saúde no programa de capacitação e implementação de Centros de Referência, que deve implantar em todo o país 60 oficinas ortopédicas e formar cerca de 660 profissionais da área. “Deixo aqui oficializado o meu convite para que as associações nos auxiliem na implementação desse plano”, enfatizou Eduardo Jorge, diretor do Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Ministério da Saúde.

Passo Firme – 17.08.2012

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Comércio está atento aos clientes especiais

Estima-se a existência  de 7,5 mil empresas no setor de produtos, equipamentos e serviços destinados a pessoas com algum tipo de deficiência. Os números são da Associação Brasileira das Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência (Abridef), criada há dois anos. A entidade começou a mapear um setor que acompanha o bom momento da economia e recebe empurrões extras, como as desonerações tributárias.

Dos R$ 3,5 bilhões movimentados pelo segmento anualmente, mais da metade vem das vendas de veículos adaptados. Nesse campo, a boa notícia é uma resolução do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), publicada recentemente, que estabelece a isenção do Imposto sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) na compra de veículos novos no valor de até R$ 70 mil para motoristas que conduzam pessoas com algum tipo de deficiência. A desoneração já existia para portadores de deficiência, mas não para aqueles que os transportam.

 “Toda vez que o governo anuncia um benefício fiscal na área de veículos, há um estímulo em todo o mercado”, diz Rodrigo Rosso, presidente da Abridef. A próxima reivindicação da entidade será estender o limite para R$ 100 mil.

E o motivo é simples. De acordo com Rosso, os veículos mais indicados para esse público são os de grande porte. Ou seja, é de supor que há pessoas portadoras de deficiência comprando carros sem a “benesse fiscal” pelo fato de ultrapassarem o limite previsto em lei. “Isso demonstra que existe um mercado com grande potencial a ser explorado”.

FRANQUIAS – Na esteira do bom momento vivido pelo setor, a Cavenaghi, líder no mercado de adaptação veicular e soluções para pessoas com mobilidade reduzida, e dona de um faturamento anual de R$ 8,4 milhões, anunciou planos ambiciosos de expansão da rede, por meio de franquias, para atingir cidades com mais de 250 mil habitantes. A primeira unidade nesse modelo foi inaugurada recentemente em São Carlos, no interior de São Paulo. Uma segunda loja será inaugurada no segundo semestre em Salvador. As próximas serão no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre.

“A Lei de Cotas, sem dúvidas, contribuiu para a entrada de muitas pessoas no mercado de consumo e o consequente aquecimento do setor”, diz a diretora da empresa, Mônica Lupatin Cavenaghi. O investimento inicial para ingressar nesse mercado por meio de franquias da Cavenaghi varia de R$ 130 mil a R$ 210 mil e exige-se capital de giro a partir de R$ 90 mil. A empresa não cobra taxa de franquia, nem royalties. O contrato tem prazo de cinco anos e estabelece a obrigatoriedade de compra exclusiva de produtos distribuídos pela empresa.

Atuando no mercado há mais de 40 anos, a Cavenaghi  possui cinco linhas de produtos. Uma delas é a de cadeira de rodas. “Temos bons e poucos fabricantes nacionais de cadeiras de rodas. Como há poucos investimentos em tecnologia nesse campo, há uma demanda por cadeiras importadas”, analisa Mônica. Em outras palavras, as importações são uma necessidade e, ao menos por ora, não incomodam os fabricantes nacionais.

A falta de estímulo para se investir em produtos de maior apelo tecnológico é, em parte, explicada pela política de governo. Nos países mais desenvolvidos, o governo compra cadeiras de rodas de qualidade. No Brasil, entretanto, a regra é comprar o mais barato. “Quando o Estado começar a pagar essa conta como ocorre em outros países, haverá uma injeção de investimentos voltados para produtos com mais apelo tecnológico”, avalia.

EMPURRÕES – O primeiro empurrão para o início da expansão do setor  foi a entrada em vigor da Lei de Cotas, que obriga as empresas a reservarem parte das vagas para pessoas com algum tipo de deficiência. A legislação, somada ao aumento real da renda, da expectativa de vida, as isenções fiscais na compra de veículos novos e a abertura de linhas de crédito a juros baixos devem estimular ainda mais as vendas de produtos e serviços destinados a esse público.

“É um mercado formado em grande parte por pequenas empresas, que começa a se organizar e a se unir para sentar à mesma mesa e discutir os assuntos do setor”, explica Rodrigo Rosso. No mês passado, a associação lançou durante a Reatech, a principal feira do setor, um selo para garantir a qualidade dos produtos e serviços oferecidos no mercado. “A ideia é fazer com que o próprio governo, nas licitações, passe a comprar produtos de  qualidade”,  explica.

Fonte: Diário do Comércio

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Passo Firme – 08.05.2012
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Governo já pode subsidiar crédito a pessoas com deficiência

Pessoas com deficiência que ganham até dez salários mínimos por mês poderão financiar bens e serviços que contribuam para facilitar sua locomoção e ampliar suas habilidades funcionais. O objetivo da medida é promover uma vida de inclusão e mais independência a essas pessoas.

A lei publicada nesta quinta-feira (19) no Diário Oficial da União permite ao governo subsidiar empréstimos para que pessoas com deficiência possam adquirir, com recursos do microcrédito, equipamentos como cadeiras de rodas, carros adaptados, computador portátil Braille, mouses alternativos e lupas eletrônicas.

A União fica autorizada a conceder subvenção econômica de até R$ 25 milhões por ano a instituições financeiras oficiais, para que elas forneçam crédito aos deficientes físicos.

Fonte: Terra

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Passo Firme – 19.04.2012
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Mercado de produtos para pessoa com deficiência deve crescer 20% neste ano

Bens e serviços de tecnologia assistiva movimentaram R$ 1,5 bi no país em 2011; perspectiva é favorável, sobretudo, por apoio de novas linhas de crédito

O Brasil acostumou-se nos últimos anos a notícias sobre a pujança da economia doméstica. Dentre tantos setores beneficiados um se destaca pelo fato de que seu avanço é sinônimo de inclusão e melhoria da qualidade de vida de uma enorme população que, há décadas, esteve marginalizada: as pessoas com deficiência (PcD). O mercado de bens e serviços de tecnologia assistiva – voltado não apenas ao público que nasceu ou adquiriu ao longo da vida algum problema físico, visual, auditivo, etc, mas também ao crescente número de idosos no país – movimentou cerca de 1,5 bilhão de reais em 2011. A projeção em 2012 é de elevação de 20% do faturamento. Os dados são do Grupo Cipa Fiera Milano, organizador da XI Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (Reatech), que acontece até este final de semana em São Paulo. Com 300 expositores, a estimativa é que aproximadamente 50 mil pessoas passem pelos estandes do Centro de Exposições Imigrantes nos quatro dias de evento, que termina neste domingo (15).

O crescimento do mercado de tecnologia assistiva deve-se a uma conjunção de fatores: desde a melhoria geral do ambiente econômico, passando pelo aumento do emprego das pessoas com deficiência, até a oferta de crédito especial por alguns bancos (veja matéria com mais detalhes). Há ainda grande expectativa no setor em 2012 com o impacto do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Viver sem Limite), lançado em novembro pelo governo federal. No Brasil, segundo dados preliminares do Censo de 2010, existem cerca de 45 milhões de pessoas com deficiência, o equivalente a 23% da população.

AUTOMÓVEIS – O segmento de automóveis é um dos que mais tem se beneficiado com o interesse das pessoas com deficiência. Do total movimentado pelo mercado de produtos de tecnologia assistiva no ano passado, cerca de 800 milhões de reais originaram-se apenas da compra e adaptação de veículos. Além do desejo natural de conquistar independência de locomoção, as vendas são favorecidas por preços mais convidativos. Afinal, as PcD’s podem comprar carros com isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

A Cavenaghi – empresa do ramo de adaptações veiculares, que possui duas lojas e 40 concessionárias autorizadas no Brasil – prevê expansão de 20% no faturamento neste ano. Hoje a companhia adapta e transforma anualmente cerca de cinco mil carros. Cada consumidor gasta entre R$ 800 e R$ 6 mil em produtos da linha de direção, por exemplo. “O mercado está sofrendo muita mudança, principalmente graças à Lei de Cotas. Quando essas pessoas entram no mercado de trabalho, elas começam a ser remuneradas e a consumir”, diz Monica Cavenaghi, diretora comercial da empresa, que planeja abrir mais seis lojas até o final do ano em cidades-sede da Copa do Mundo. Criada em 1991 e regulamentada em 1999, a lei determina que empresas com mais de 100 colaboradores têm de incluir homens e mulheres com deficiência em seus quadros de profissionais. Do total de pessoas nesta condição no país, cerca de 11 milhões têm capacidade laboral, segundo estimativas do Ministério do Trabalho (MTE).

ESTRANGEIRAS DE OLHO – Diante da perspectiva de crescimento bastante limitado dos mercados tradicionais de bens e serviços para PcD’s, como a Europa e os Estados Unidos, algumas empresas estrangeiras começam a traçar projetos de longo prazo para países emergentes como o Brasil. A prestigiada alemã Otto Bock – presente no mercado doméstico há 37 anos como fornecedora de próteses – começou a trazer mais recentemente para o país cadeiras de rodas e órteses (estruturas que auxiliam na melhoria das funções do corpo) e já faz novos planos. “Estudamos a possibilidade de ter uma produção local com o objetivo de fazer produtos mais adequados ao perfil do brasileiro”, afirma Wilson Zampini, diretor da empresa na América Latina.

Enquanto não tem fábrica no país, a companhia reclama da demora para obter autorização de importação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mesmo que, muitas vezes, seus produtos já possuam certificações europeias e americanas, a demora do órgão para liberar um bem que se almeja trazer do exterior pode levar de seis meses a um ano. Procurada pelo site de VEJA, a agência explica que a demora na aprovação geralmente ocorre pelo não cumprimento das exigências.

VIVER SEM LIMITES – Especialistas ouvidos pelo site de VEJA afirmam que o programa “Viver sem Limite” de 2011 coroa quase duas décadas de paulatino amadurecimento institucional em prol da inclusão plena da pessoa com deficiência na sociedade – e também na economia.  Com previsão orçamentária de 7,6 bilhões de reais até 2014, o plano inclui linhas de financiamento para empresas especializadas em tecnologia assistiva, crédito para o consumidor final com juros inferiores aos de mercado, compras governamentais para adequação de escolas e moradias populares, além do fortalecimento de ações de reabilitação.

As mudanças legais e econômicas nesta área são merecedoras de comemoração, mas ainda há muito a evoluir. “Os avanços são inegáveis, mas as condições de trabalho para as pessoas com deficiência, por exemplo, podem melhorar sobremaneira”, diz a consultora Carolina Ignara, da Talento Incluir, que ajuda empresas a contratar PcD’s. De acordo com ela, as principais dificuldades enfrentadas são a falta de cultura inclusiva no país, o reduzido entendimento sobre a Lei de Cotas e o déficit sociocultural da pessoa com deficiência. “Gestores despreparados pela cultura social, empresas contratando para cumprir cota e pessoas com deficiência sem saber seus direitos e deveres. Por isso, defendo que a inclusão deve investir em cultura. O entendimento leva ao respeito e aumenta as chances de sucesso”, completa.

DEFICIÊNCIA X RENDA – De acordo com o Relatório Mundial Sobre Deficiência, da Organização Mundial de Saúde (OMS), há uma prevalência maior de deficiência em países de renda baixa que em nações de rendimento mais elevado. Grosso modo, os mais pobres, desempregados e com baixa qualificação profissional estão expostos a um risco mais alto de se enquadrar também nesta condição. “É preciso entender a deficiência como um fator que se insere na relação entre a limitação funcional e o ambiente em que ela está inserida”, diz Luis Mauch, coordenador-geral da Mais Diferenças, organização da Sociedade Civil (OSCIP) especializada em educação e cultura inclusivas. Na avaliação dele, esse mercado ainda tem muito a se expandir no Brasil em comparação a economias mais maduras, como a Alemanha, por exemplo, que investiu muito em políticas e tecnologia para inserir pessoas com deficiência no pós-guerra. “Quanto mais adequado for o ambiente, melhores ficam as condições para as pessoas com deficiência. Entender isso gera oportunidades e é bom para a economia. Essas pessoas querem ser incluídas e cobradas”, acrescenta.

IMPOSTOS – Renato Laurenti, cadeirante há 28 anos e sócio da Comoir, empresa de e-commerce especializada em produtos para pessoas com deficiência, afirma que o poder público pode contribuir muito para esse mercado por meio da redução de impostos e desoneração da cadeia produtiva. Para ele, o número de empresas no mercado nacional ainda é restrito e, por isso, muitos artigos têm de ser importados. “Esse tipo de produto é prioritário, pois garante qualidade de vida e independência para essas pessoas, mas alguns ainda são muito caros”, diz. “Fico o dia inteiro sentado na minha cadeira. Se ela não for bem feita, com boa almofada, não aguento ficar. As cadeiras nacionais vêm melhorando, mas ainda não se comparam com as importadas em atributos como peso, conforto e mobilidade”, lamenta.

O empresário Vitor Hugo Silveira, da Altra Importação & Exportação, que traz do exterior produtos de uso diário, como talheres e alcançadores, concorda que a tributação é um grande problema. “Alguns produtos que não têm sofisticação, mas que ajudam na rotina, como talheres, acabam taxados na mesma categoria de produtos normais”, explica. Um exemplo dado por ele é um prato com bordas mais altas e ventosas para prender na mesa. A empresa o compra da China por cerca de 7 reais (4 dólares) e é obrigada a revendê-lo por 42 reais no mercado interno. Vinte reais do preço total referem-se apenas à tributação.

A despeito de tantos problemas, cegos, surdos, pessoas com deficiência física, idosos com problemas de mobilidade, etc, conseguem viver melhor hoje que décadas atrás. A conquista é mérito de todos: legisladores, governos, entidades sociais, empresários e das próprias pessoas com deficiência. O futuro inspira esperança. Contudo, cabe ao poder público – municipal, estadual e federal – papel ainda mais destacado. Como muitos bens e serviços, pela combinação de oferta restrita e impostos altos, ainda têm preços proibitivos para a maioria da população com deficiência, os governos poderiam guardar parcela da exorbitante arrecadação de impostos para apoiar este grupo com políticas públicas. Na Europa, não é raro que um cadeirante vá a uma feira como a Reatech, escolha a cadeira de seus sonhos e volte para casa, onde redige o pedido para compra do equipamento a ser endereçado ao governante local. E o mais interessante é que ele é atendido. O Brasil ainda tem de avançar muito para chegar lá.

Fonte: Veja

Passo Firme – 15.04.2012
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Isenção do ICMS sobre veículos para pessoas com deficiência é ampliada

Medida favorece ainda o representante legal ou assistente da pessoa com deficiência. Isenção beneficiará também pessoas com deficiência visual, intelectual e autistas

A compra de veículo 0 km com isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que antes beneficiava apenas pessoas com deficiência física, com autonomia para dirigir, foi estendida às pessoas com deficiência visual, intelectual e autista. A decisão é do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), publicada no Diário Oficial da União em 9 de abril de 2012, por meio do convênio 38.

A medida, que começa a vigorar partir de janeiro de 2013 em todos os estados brasileiro, beneficia ainda o representante legal ou assistente da pessoa com deficiência, que também terá direito a isenção. O valor do veículo, incluídos os tributos, não pode ser superior a R$ 70 mil.

“Esta importante medida amplia a isenção do imposto às pessoas com deficiência que não tem autonomia de conduzir seu veículo, garantindo assim acessibilidade e equiparação de oportunidade”, ressalta Antonio José Ferreira, que é secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos.

Outra novidade, que beneficia as pessoas com deficiência, foi aprovado na última terça-feira (10), no Plenário da Câmara. Trata-se da Medida Provisória 549/11, que cria a possibilidade de adquirir veículos 0 km com isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A compra no entanto, só poderar ser efetuada caso o veículo anterior, comprado também sem imposto, tenha sofrido perda total. Atualmente, a isenção era válida apenas para compras feitas com intervalos de dois anos sem cogitar a situação extraordinária.

O Plenário aprovou ainda emenda da deputada Carmen Zanotto (PPS/SC) que estende o benefício da compra de veículo com isenção de IPI às pessoas com deficiência intelectual.

As medidas de desoneração fiscal fazem parte do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite, lançado em novembro do ano passado.

Fonte: Portal Transporta Brasil

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Passo Firme – 14.04.2012
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