Cérebro pode reagir a estímulo visual como se estivesse sentindo por tato

O cientista Miguel Nicolelis (à direita) observa macaco caminhando em esteira durante experimento em seu laboratório nos EUA (Foto: Reprodução/TV Globo)
O cientista Miguel Nicolelis (à direita) observa macaco caminhando em esteira durante experimento em seu laboratório nos EUA (Foto: Reprodução/TV Globo)

Pesquisa da equipe de Miguel Nicolelis mostra reação integrada do cérebro. Estudo pode ajudar no projeto para construção de exoesqueleto.

A equipe de pesquisa liderada pelo brasileiro Miguel Nicolelis publicou novo artigo na revista “PNAS”, da Academia Nacional de Ciências dos EUA, em que os cientistas mostram que os neurônios responsáveis pelo tato e aqueles ligados ao controle de movimentos podem também responder a estímulos visuais devido à forma integrada como o cérebro os trabalha.

O trabalho pode ter implicações para a melhor integração de próteses, um dos objetivos do projeto “Walk Again” (andar de novo, em inglês), uma iniciativa de Nicolelis que pretende fazer com que um paraplégico dê o pontapé inicial da Copa de 2014 usando um exoesqueleto robótico comandado pelo cérebro.

No trabalho publicado na última segunda-feira (26), é descrita uma experiência na qual dois macacos assistem a imagens de um braço sendo tocado por uma bola, enquanto seus braços são tocados simultaneamente. Em seguida, os animais deixam de ser tocados fisicamente, mas seguem vendo o “braço virtual” entrando em contato com a bola.

Os pesquisadores da Universidade Duke, nos EUA, verificaram que o sistema somatossensorial do corpo, aquele responsável por unir informações de tato e posição corporal, e o sistema motor, reagiam ao estímulo visual, numa evidência que o cérebro funciona de forma integrada.

As respostas cerebrais aconteceram 50 a 70 milésimos de segundo mais tarde que quando há o toque físico, mas esse ‘atraso’ é consistente com o tempo esperado para que os caminhos cerebrais conectassem a área ligada com a visão à somatossensorial e motora.

“Essas conclusões corroboram nossa noção de que o cérebro funciona como uma rede que interage continuamente”, diz Miguel Nicolelis, em comunicado de divulgação do trabalho. O pesquisador brasileiro espera usar as descobertas no Projeto Walk Again.

A criação de próteses biônicas que se incorporam plenamente aos circuitos sensoriais e motores do cérebro poderia permitir que esses equipamentos se integrassem na imagem que o cérebro cria do próprio corpo, também conhecido como esquema corporal.

“Quando nos tornamos proficientes no uso de ferramentas – como um violino, um mouse de computador ou um membro artificial – nosso cérebro provavelmente está alterando a imagem interna dos nossos corpos, para incorporar as ferramentas como extensões de nós mesmos”, diz Nicolelis, ainda segundo a nota da Universidade Duke.

Fonte: G1 Ciência e Saúde

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Passo Firme – 30/08/2013
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Programa prevê construção de casas adaptadas para pessoas com deficiência

As unidades do Residências Inclusivas fazem parte do Plano Viver Sem Limite
As unidades do Residências Inclusivas fazem parte do Plano Viver Sem Limite

Denominado ‘Residências Inclusivas’, o programa acolhe jovens e adultos com deficiência, em situação de dependência e que necessitem de cuidados de terceiros para fazer atividades básicas. A construção dessas unidades faz parte do Plano Viver Sem Limite

Até 2014 o governo federal irá investir R$ 12,8 milhões na expansão das unidades de Residências Inclusivas. Com esse esforço, serão instaladas 200 unidades desses equipamentos públicos que acolhem jovens e adultos com deficiência, em situação de dependência e que necessitem de cuidados de terceiros para fazer atividades básicas. Além de oferecer atendimento personalizado, as Residências Inclusivas funcionam como um lar para esse público.

Em 2012, o ministério financiou 40 Residências Inclusivas, que estão em processo de implantação, e dessas, cinco já funcionam em Campo Grande (MS), Bauru (SP), João Pessoa (PB), Cascavel (PR). No município paranaense há duas unidades. A previsão é que sejam cofinanciadas mais 160 neste anoA construção dessas unidades faz parte do Plano Viver Sem Limite, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Para implantar unidades de Residências Inclusivas, os estados, municípios e o Distrito Federal e podem solicitar a adesão por meio do preenchimento do Termo de Aceite, que estará disponível para preenchimento do próximo dia 27 de maio a 21 de junho, sendo eletrônico para os municípios e físico para os estados e Distrito Federal. O conteúdo do Termo de Aceite já pode ser acessado para conhecimento dos gestores.

CIDADES QUE PODEM ADERIR – O MDS também divulgou a lista dos municípios que podem participar. A lista foi elaborada com base nos resultados do Censo Suas e nas informações fornecidas pelo Ministério da Saúde. O repasse das verbas está previsto para junho, após a conclusão do processo de adesão.

O governo federal poderá apoiar a instalação de até seis Residências Inclusivas por município, estados e DF e, excepcionalmente, até 15 unidades, onde o Censo Suas – Unidades de Acolhimento 2012 tenha registrado a existência de abrigos com mais de 60 pessoas com deficiência.

O prazo para implantação das Residências Inclusivas é de um ano, contado a partir do início do financiamento. Podem participar o Distrito Federal e os municípios com população acima de 50 mil que tenham Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) em funcionamento e disponham de serviços de atenção básica da saúde (Programa Saúde da Família). Os estados também poderão instalar Residências Inclusivas com atuação regionalizada.

RESIDÊNCIAS INCLUSIVAS – O público-alvo do serviço são jovens e adultos com deficiência, em situação de dependência, prioritariamente aqueles atendidos pelo Benefício de Prestação Continuada – BPC, que não disponham de condições de autossustentabilidade ou de retaguarda familiar e/ou que estejam em processo de desinstitucionalização de instituições de longa permanência.

Vale ressaltar que crianças e adolescentes (de 0 a 18 anos incompletos) deverão ser atendidas nos serviços de acolhimento destinadas a crianças e adolescentes.

Com o serviço ininterrupto (24 horas por dia), cada Residência Inclusiva deverá ter até 10 jovens e adultos com deficiência, em situação de dependência. E deverão estar inseridas em áreas residenciais na comunidade, sem distanciar excessivamente do padrão das casas vizinhas, nem, tampouco, da realidade geográfica e sociocultural dos usuários.

Conforme a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, Norma Operacional Básica de Recursos Humanos- NOB-RH, para o atendimento em pequenos grupos a usuários com demandas específicas, ressalta-se a importância de ter uma equipe técnica do Serviço composta por cuidadores e auxiliar de cuidadores, além de trabalhadores do Suas de nível superior como Psicólogo, Assistente Social e Terapeuta Ocupacional, que poderão atender as especificidades dos serviços socioassistenciais, assim como da Residência Inclusiva.

Poderão aderir ao programa o Distrito Federal, capitais ou municípios com população superior a 100.000 (cem mil) habitantes, que observem os requisitos como: habilitação em gestão básica ou plena do Sistema Único de Assistência Social (SUAS); possuir Cras e Creas implantados e em funcionamento, identificados por meio do Censo Suas 2011 ou do Cadsuas, independentemente da fonte de financiamento; dispor de pelo menos um dos serviços de saúde ( estratégia Saúde da Família, Núcleo de Apoio à Saúde da Família e Programa Melhor em Casa).

Por fim o município deverá apresentar Plano de Reordenamento, elaborado conforme roteiro a ser disponibilizado pelo MDS, contendo ações necessárias para reordenar os serviços de acolhimento para pessoas com deficiência existentes no município ou Distrito Federal.

O Plano de Reordenamento é um instrumento de planejamento da gestão municipal ou o do Distrito Federal que contém ações, estratégias e cronograma gradativo, visando à qualificação da oferta dos serviços de acolhimento para pessoas com deficiência, à adequação às normativas, orientações e legislações vigentes.

VIVER SEM LIMITES – O Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite foi lançado pelo governo federal em novembro do ano passado com o objetivo de promover a cidadania, a autonomia e o fortalecimento da participação da pessoa com deficiência na sociedade, eliminando barreiras e permitindo o acesso aos bens e serviços disponíveis a toda a população.

Desde então, o País tem promovido diversas ações estratégicas em educação, saúde, inclusão social e acessibilidade. Entre estas ações, está a criação da linha BB Crédito Acessibilidade em fevereiro deste ano.

Fonte: Portal Brasil | Via Ministério do Desenvolvimento Social

Passo Firme – 06/06/2013
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Tecnologia aumenta inclusão de portadores de deficiência

Lokamat: simulador de movimentos que ajuda na reabilitação, reduzindo o esforço do terapeuta (www.arrayamed.com.br/). Foto: Divulgação / Hocoma
Lokamat: simulador de movimentos que ajuda na reabilitação, reduzindo o esforço do terapeuta (www.arrayamed.com.br/). Foto: Divulgação / Hocoma

Novidades que facilitam a vida e aumentam a independência foram apresentadas na segunda maior feira de acessibilidade do mundo

Cadeira de rodas para terrenos acidentados, aparelho auditivo com bluetooth e um aplicativo que dá voz a quem perdeu essa habilidade por conta de um acidente ou já nasceu sem ela. Estas foram algumas das novidades apresentadas na 12ª edição da Reatech, a segunda maior feira de acessibilidade do mundo, encerrada no último dia 22 de abril, em São Paulo. Com o lema “Desperte para a inclusão”, o evento mostrou a profissionais e gestores de saúde e ao público em geral, tecnologias e novas propostas para aumentar a inclusão de portadores das mais variadas deficiências.

Um dos principais destaques da feira foi a cadeira de rodas apresentada pela empresa brasileira Vemex. Batizada de Strix, ela foi projetada para diminuir a trepidação em terrenos acidentados – isso inclui as ruas esburacadas e as calçadas irregulares das grandes cidades brasileiras.

João Horta, 29, estudante de engenharia mecânica e um dos idealizadores do projeto, conta que o diferencial está no sistema de amortecimento da cadeira.

“O sistema funciona com um fluido e um software de leitura do terreno, ou seja, quando ele sente uma vibração que não era pra prevista, em milésimos de segundo o software lê o problema e manda um sinal pra bateria, que envia uma carga ao amortecedor aumentando a viscosidade do óleo dentro do sistema de amortecimento”, explica Horta. Isso faz com que o amortecedor se adapte à necessidade apresentada e trabalhe mais lento ou rapidamente, podendo até mesmo travar o amortecimento completamente.

Outra tecnologia que agradou aos visitantes foi um aparelho auditivo com conectividade bluetooth. Com ele, o usuário não precisa mais se preocupar com os ruídos externos ao atender ao celular ou assistir a um filme: ele se conecta diretamente a celular, TV e outros aparelhos e, caso solicitado, isola qualquer outro som ambiente, atendendo justamente a uma das maiores reclamações dos deficientes auditivos.

“Dependendo do tipo do aparelho usado, os pacientes tinham dificuldades para escutar a voz de alguém ao telefone e, muitas vezes, a proximidade do aparelho auditivo com o telefone gerava microfonia, como um apito forte no ouvido”, esclarece a fonoaudióloga e coordenadora do Departamento de Audição da Oto-Sonic, Elisabetta Radini.

Fonte: IG Saúde

Passo Firme – 26/04/2013
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Reatech 2013: tetraplégico escreve com os olhos e deficiente ouve via bluetooth

Homem utiliza aparelho auditivo com conexão via bluetooth a eletrônicos como TV e celular (Foto: Divulgação)
Homem utiliza aparelho auditivo com conexão via bluetooth a eletrônicos como TV e celular (Foto: Divulgação)

Empresas mostram tecnologias para melhorar a vida de deficientes. Evento, que ocorre até o próximo domingo (21),  traz campainha para surdos e dispositivo que ‘traduz’ para o braille. Além de dar voz a multidões, a tecnologia também pode dar a chance de deficientes auditivos ouvirem melhor e tetraplégicos escreverem.

Algumas dessas inovações deram forma a produtos, que mostrados na Feira Internacional de Tecnologia em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (Reatech), que começou na quinta-feira (18) e termina no domingo (21), em São Paulo. “Em vez de usar a tecnologia para ficar falando mal dos outros no Facebook, a gente faz a vida das pessoas melhor”, disse Daniel Bronzeri, da empresa Métodos Soluções Inteligentes, um dos 300 expositores do evento. “A tecnologia tem esse poder”, afirma.

Computador desenvolvido para pessoas com deficiências motoras executa tarefas ao rastrear o olhar dos usuários (Foto: Divulgação)
Computador desenvolvido para pessoas com deficiências motoras executa tarefas ao rastrear o olhar dos usuários (Foto: Divulgação)

AUDIÇÃO VIA BLUETOOTH – A companhia vai apresentar em primeira mão a campainha para surdos. Chamado de Vibra Bell, o aparelho acopla uma câmera instalada ao botão da campainha, funciona em conjunto com um aplicativo e é conectado à internet. Toda a estrutura foi desenvolvida sobre o sistema operacional Android, do Google.

Quando tocado, o dispositivo dispara uma foto, que é enviada para o app do serviço instalado no smartphone do surdo. Com isso, diz Bronzeri, é possível saber não só que há alguém na porta, mas também identificar o indivíduo. Segundo ele, a empresa trabalha em uma nova função que abrirá a porta à distância. “O aplicativo tem maiores possibilidades, como para pessoas que têm mobilidade reduzida.”

Deficientes auditivos também são o foco da Oto-Sonic. A empresa é distribuidora da fabricante de aparelhos auditivos Bonafon, criadora de um dispositivo que daria inveja aos fãs dos fones mais modernos. É um aparelho auditivo que se conecta por bluetooth a aparelhos eletrônicos, como TVs, telefones fixo e móvel, tablets, computadores e GPS.

Aparelho da Linha Braille Brailliant traduz os caracteres de telas de computador, celula e tablets para o Braille. (Foto: Divulgação)
Aparelho da Linha Braille Brailliant traduz os
caracteres de telas de computador, celula e tablets
para o Braille. (Foto: Divulgação)

Mesmo usando aparelhos, os deficientes auditivos possuem dificuldade para ouvir os sons emitidos pela televisão, computadores e GPS, conta Elizabetta Radini, fonoaudióloga responsável pelo Departamento de Audição da Oto-Sonic. “O som vai se propagando no ar e perdendo energia. Dependendo do tamanho da sala, o som chega baixo ou distorcido”, explica.

Já a complicação com celulares e telefones decorre porque o captador de áudio do aparelho auditivo fica em cima da orelha. “Não dá para ouvir e falar ao mesmo tempo.”

O aparelho funciona assim: um adaptador é ligado aos eletroeletrônicos que não possuem canal direto de bluetooth para conectá-los ao aparelho auditivo –celulares e tablets não precisam de intermediação. Por meio do bluetooth, o som vai direto ao ouvido. Para controlar o som e atender ligações, o usuário carrega uma espécie de controle, que também serve como microfone.

O aparelho começou a ser importado para o Brasil no ano passado e já é utilizado, conta Randini. “Temos um paciente que não atendia ligações. Hoje, ele brinca que é o telefonista da casa.” Outra paciente, uma médica, costumava assistir cirurgias no iPad, mas sem áudio. Agora, ela já pode ouvir os comentários dos cirurgiões durante o procedimento.

OUTRAS TECNOLOGIAS – A feira também apresenta produtos tecnológicos para tetraplégicos. A Civiam leva computadores e tablets para deficientes motores, que permitem digitar com os olhos. O sistema de rastreamento ocular identifica para qual tecla o usuário está olhando e a escreve na tela.

Deficientes visuais não foram esquecidos. Há aparelhos portáteis que leem textos por eles para depois lhes narrar o conteúdo e dispositivos traduzem os caracteres exibidos em telas de computador, celula e tablets para o Braille.

Serviço

O que é: Reatech 2013| XII Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade

Quando: 18 e 19 de abril (das 13h às 21h) e 21 e 22 de abril (10h às 19h).

Onde: Centro de Exposições Imigrantes – Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5

Entrada: Gratuita

Mais informações: www.reatech.tmp.br

Fonte: G1

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Passo Firme – 20/04/2013
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Arena Fonte Nova: dez andares de estrutura, com foco na acessibilidade

Um dos múltiplos acessos à arena
Um dos múltiplos acessos à arena

Torcedores terão acesso por elevadores, rampas e escadas. Deficientes contarão com piso tátil e assentos reservados. No total são quase 2,5 mil vagas de estacionamento

Os torcedores poderão entrar na Fonte Nova pelas quatro direções do estádio, por meio de rampas, escadas e elevadores. O edifício tem dez níveis e três anéis de arquibancadas (inferior, intermediária e superior). Em dias de eventos, as pessoas terão que passar por uma das 126 catracas que dão acesso ao local.
De acordo com o consórcio Arena Fonte Nova, o equipamento atende a todos os requisitos de acessibilidade. Além de rampas e elevadores, as pessoas com deficiência terão assentos reservados. São 358 lugares para pessoas com mobilidade reduzida, 66 vagas para cadeirantes, além de 500 assentos para acompanhantes e outros 60 para obesos. Há também acessibilidade para cadeirantes e portadores de mobilidade reduzida nas áreas VIP’s (camarotes e lounges).

A arena conta ainda com 16 cadeiras para deficientes visuais, numa área com piso tátil e acompanhamento de orientadores para a circulação segura. Os assentos dos deficientes visuais serão próximos às cabines de imprensa, para que eles acompanhem a narração dos jogos. O estádio é todo sinalizado e conta com 23 banheiros para deficientes.

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ANDAR POR ANDAR – É possível circular por todo o perímetro da arena por meio de rampas. Há também acessos pelos quatro níveis de estacionamento, escadas e elevadores, que podem levar direto a locais como os camarotes. O estádio chega a ter, em um dos seus níveis, 21 pontos de entrada e saída por escadas. Ao todo são nove elevadores.

A garagem reúne quatro pavimentos (níveís 1 a 4), sendo que o nível 2 é o mesmo do campo. No nível 3 há dois banheiros e dois quiosques de alimentação e o 4 é o mesmo dos vestiários, salas de coletiva de imprensa e zona mista. O quinto pavimento é reservado para a circulação geral de pessoas e soma oito banheiros e 15 quiosques de alimentação.

No sexto nível estão 11 banheiros, cinco quiosques de alimentação, além do lounge premium e do espaço cultural. Subindo um piso, chega-se aos camarotes e o espaço acima da “abertura da ferradura”, que após os eventos da FIFA será transformado em restaurante. Durante a Copa das Confederações e Copa do Mundo, o local será um lounge VVip. Neste nível também há sete banheiros, além dos privativos dos camarotes.

O oitavo pavimento conta com o salão de mídia, 13 quiosques e 18 banheiros. O penúltimo piso é todo destinado às áreas técnicas para operar o estádio. Por fim, no nível 10 estão as cabines de imprensa.

Estacionamento conta com espaço para adeptos da "carona solidária"
Estacionamento conta com espaço para adeptos da “carona solidária”

ESTACIONAMENTO – Nos quatro níveis de estacionamento há 869 vagas, com espaços reservados para pessoas com deficiência e para veículos que adotam a carona solidária. No primeiro nível são 211 vagas, no segundo 403, no terceiro 174 e no quarto 81 postos. No total são 2.450 vagas de estacionamento. Isso porque, além das vagas nos pavimentos da arena, há um edifício garagem com 1,1 mil postos, e 500 vagas descobertas na área externa.

Fonte: Portal da Copa

Passo Firme – 16/04/2013
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Reatech 2013: confira alguns dos eventos que ocorrerão paralelamente à feira

50 mil visitantes são esperados na Reatech este ano
50 mil visitantes são esperados na Reatech este ano

A próxima edição da Reatech – Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, a maior do setor de reabilitação, inclusão social e acessibilidade do país e uma das maiores do segmento no mundo, será realizada de 18 a 21 de abril de 2013, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo.

Com o objetivo de disseminar o conceito da inclusão social, a feira apresentará as novas tecnologias e lançamentos do setor, além de oferecer aos visitantes um palco com shows e desfiles, equoterapia, test-drive de carros adaptados, quadra esportiva e as seguintes atividades, com a participação de renomados especialistas:

XII Seminário de Tecnologias de Reabilitação e Inclusão (Reasem);
Simpósio Brasileiro de Fisioterapia do Trabalho (Simbrafit);
IV Seminário de Tecnologias Avançadas em Fisioterapia (Tecfisio);
Fórum Lei de Cotas e Trabalho Decente para Pessoa com Deficiência;
Oficina “Alfabetização no Sistema Braille, uma Iniciativa para Inclusão Social”;
Reashow – Seminário dos Expositores (McDonald’s, Itaú, Senac, Andef e Instituto Mara Gabrilli, entre outros);
Palestras do Comitê Paraolímpico Brasileiro(CPB);
Curso Pet (terapia assistida por animais);
Workshop prático de equoterapia;
Seminário do Terceiro Setor; e
IV Seminário “A Sexualidade na Vida da Pessoa com Deficiência”.
Dentro do Workshop Internacional, no dia 20/4 (sábado), das 9h00 às 17h00, haverá uma palestra de Curt Prewitt, especialista norte-americano de recuperação em equipamentos e sistemas posturais para crianças e adultos.

Além disso, a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, por meio do programa “Viver sem Limites”, do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD), apresentará o II Fórum Nacional sobre Tecnologia Assistiva.

Com entrada gratuita, a feira é aberta a visitantes e público profissional, tais como assistentes sociais, profissionais de clínicas e hospitais, educadores, enfermeiros, fisioterapeutas, médicos, pedagogos, terapeutas, principalmente o terapeuta ocupacional e estudantes.

Segundo José Roberto Sevieri, diretor do Grupo Cipa Fiera Milano, promotor e organizador da Reatech, o objetivo da feira é trazer e despertar um novo olhar sobre a realidade dos mais de 45 milhões de brasileiros (9 milhões somente no Estado de São Paulo) com algum tipo de deficiência que enfrentam dificuldades de acesso à saúde, ao trabalho, a atividades culturais e sociais.

Paralelamente à feira acontecem dois eventos simultâneos: a Feira Internacional de Tecnologias em Fisioterapia e a Feira Nacional da Pessoa Idosa.

SERVIÇO:

O quê: Reatech 2013 – XII Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade;
Data: De 18 a 21 de abril de 2013;
Horário: Nos dias 18 e 19, das 13h00 às 21h00; nos dias 20 e 21, das 10h00 às 19h00;
Local: Centro de Exposições Imigrantes;
Endereço: Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 – São Paulo (SP). A feira oferece transporte gratuito (ida e volta), que sairá todos os dias da Estação Jabaquara do Metrô – Rua Nelson Fernandes, 400, ao lado do terminal de ônibus;
Informações e inscrições: Para mais informações, acesse www.reatech.tmp.br. A entrada é gratuita.

Fonte: Instituto ETHOS

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Passo Firme – 10/04/2013
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Reatech 2013: Organização do evento divulga mais detalhes da pprogramação

reatech

Evento com as mais novas tecnologias acessíveis, produtos e serviços para pessoas com deficiência – de 18 a 21 de abril – no Centro de Exposições Imigrantes/SP

A próxima edição da maior feira do setor de reabilitação, inclusão social e acessibilidade do país e uma das maiores do segmento no mundo, a 12ª Reatech | Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, acontecerá de 18 a 21 de abril de 2013, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Com o objetivo de disseminar o conceito da inclusão social, a feira apresentará as novas tecnologias e lançamentos do setor, além de oferecer aos visitantes um palco com shows e desfiles, equoterapia, test-drive de carros adaptados, quadra esportiva e seminários com a participação de renomados especialistas.

Entre os expositores este ano estão: REASEM | XII Seminário de Tecnologias de Reabilitação e Inclusão; SIMBRAFIT | Simpósio Brasileiro de Fisioterapia do Trabalho; TECFISIO | IV Seminário de Tecnologias Avançadas em Fisioterapia; Fórum Lei de Cotas e Trabalho Decente para Pessoa com Deficiência; Oficina: Alfabetização no Sistema Braille, uma iniciativa para inclusão social; Seminário do Terceiro Setor; Reashow | Seminário dos Expositores (McDonald’s, Itaú, Senac, ANDEF e Instituto Mara Gabrilli, entre outros); Palestras do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro); Curso Pet (terapia assistida por animais); Workshop prático de equoterapia; Seminário do Terceiro Setor e IV Seminário: A Sexualidade na Vida da Pessoa com deficiência.

Dentro do Workshop Internacional, no dia 20/04 (sábado), das 9h às 17h, palestra com Curt Prewitt – especialista norte-americano de recuperação em equipamentos e sistemas posturais para crianças e adultos, com foco na tecnologia assistiva. Nesta mesma linha, a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, através do programa “Viver sem limites” do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD), apresentará o II Fórum Nacional sobre Tecnologia Assistiva.

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PÚBLICO – A 12ª Reatech contará com 300 expositores em uma área de 35 mil m2, além de público estimado em 50 mil visitantes. O evento reunirá agências de emprego (com mais de 7.000 vagas voltadas as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida), instituições financeiras, fabricantes de cadeiras de rodas, departamentos de recursos humanos, indústrias farmacêuticas e dos segmentos de animais treinados, aparelhos auditivos, equipamentos especiais, materiais hospitalares, higiene pessoal, próteses e órteses, terapias alternativas, turismo e lazer.

Com entrada gratuita, a feira é aberta a visitantes e público profissional, tais como assistentes sociais, profissionais de clínicas e hospitais, educadores, enfermeiros, fisioterapeutas, médicos, pedagogos, terapeutas, principalmente o terapeuta ocupacional e estudantes.

Segundo José Roberto Sevieri, diretor do Grupo Cipa Fiera Milano, promotor e organizador da Reatech, o objetivo da feira é trazer e despertar um novo olhar sobre a realidade dos mais de 45 milhões de brasileiros (9 milhões somente no Estado de São Paulo) com algum tipo de deficiência que enfrentam dificuldades de acesso à saúde, ao trabalho, a atividades culturais e sociais.

Paralelo à feira também acontecem dois eventos simultâneos: Feira Internacional de Tecnologias em Fisioterapia e Feira Nacional da Pessoa Idosa.

Confira abaixo outros destaques da programação da 12ª Reatech:

Show do artista Geraldo Magela “Ceguinho” – “Só Quero Ver Na Copa”

No dia 20/04 (sábado), às 14h, o Sindicato das Auto Moto Escolas e CFC’s no Estado de São Paulo promovem, em seu estande (Rua 300 nº 323), o show do artista Geraldo Magela “Ceguinho” – “Só Quero Ver Na Copa”.

A Mais Diferenças, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, traz desde shows a rodas de conversa, passando por um cinema feito para todos, um túnel que estimula percepções sensoriais e oficinas com instrumentos musicais inclusivos:

musicaMusicais Diferenças

Um espaço dedicado à inclusão através da música, cujo projeto, fruto de uma parceria firmada no ano passado com o centro tecnológico e musical Drake Music, da Inglaterra, visa mostrar a capacidade desta arte em romper barreiras. Clipes gravados pelos alunos com deficiência da Drake, que fazem música com instrumentos e Tecnologia Assistiva, serão exibidos durante a feira. O rapper Billy Saga, presidente do Movimento Superação, e o músico associado da Drake, Ben Glass, entre outros artistas, irão interagir ao vivo com os vídeos em um show, onde um VJ mixará todos esses registros audiovisuais. O público poderá conhecer instrumentos acessíveis inéditos no Brasil e, através de oficinas, gravar suas produções musicais

cinema-inclusãoCinema Inclusão

Este projeto de cinema abre as portas da linguagem cinematográfica a todas as pessoas, equiparando as oportunidades de acesso à cultura e informação. Para isso lança mão de um conjunto de recursos de acessibilidade: menu acessível, janela de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), subtitulação e audiodescrição. Diversas sessões do Cinema Inclusão serão realizadas no decorrer dos quatro dias de feira.

tunel-sensorialTúnel Sensorial – Experiência com sentido

Uma maneira diferente de sentir o mundo: os visitantes entram em um túnel inflável que dispõe de diversos recursos sensoriais, com venda nos olhos. Descalços, os pés sentem durante a passagem variações no solo e as mãos as mais diversas texturas. Em outro momento, experiências olfativas e por fim, já sem a venda, as pessoas vivenciam o que é ouvir sem ver, o que é enxergar sem que sons lhe acompanhem e o que é olhar para algo mesclado a uma sonoridade que não lhe pertence, onde em poucos minutos, diversas sensações são vividas ao mesmo tempo em que outros sentidos são potencializados.

SERVIÇO     

Reatech 2013| XII Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade

18 a 21 de abril

ENTRADA GRATUITA

Dias: 18 e 19, das 13h às 21h

20 e 21, das 10h às 19h

Local: Centro de Exposições Imigrantes

Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 – São Paulo – SP – Brasil

Eventos Simultâneos: Feira Internacional de Tecnologias em Fisioterapia e Feira Nacional da Pessoa Idosa

Transporte Gratuito – Estação do Metrô Jabaquara – Saída de Vans na Rua Nelson Fernandes, 400.

Fonte: Assessoria

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Passo Firme – 02/04/2013

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Paciente recebe prótese biônica ‘inteligente’ no lugar de antebraço

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Avaliado em R$ 150 mil, aparelho é acionado com movimentos do cotovelo

Um paciente de 58 anos no Reino Unido recebeu uma prótese biônica “inteligente”, com eletrodos que captam movimentos dos músculos do cotovelo e acionam os dedos eletronicamente. Chamada de “Michelangelo”, a prótese pioneira na tecnologia mioelétrica é avaliada em 47 mil libras (cerca de R$ 150 mil). Seu formato é similar ao de uma mão humana, com dedos e polegar, e ela permite segurar objetos pesados, amarrar cordas, subir escadas, entre outras atividades, de acordo com o jornal britânico “Daily Mail”.

O engenheiro Chris Taylor (foto), que recebeu o “antebraço biônico” da clínica particular Dorset Ortopédica como teste, perdeu parte do membro direito há quatro anos, em um acidente de moto aquática.

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O objeto foi desenvolvido na Alemanha e nos Estados Unidos e usa um software para controlar a mão e fazê-la abrir, fechar, segurar objetos e outros movimentos, baseando-se na contração dos músculos do cotovelo captados pelos eletrodos. “É uma sensação estranha mover [a prótese] e sentir que eu sou capaz de fazer coisas que eu não podia por muito tempo”, disse Taylor ao jornal britânico. “Obviamente não é tão boa quanto uma mão normal, mas é melhor que outras próteses que eu tive.”

A prótese usa uma bateria que dura 20 horas, e precisa ser recarregada por quatro horas ininterruptamente. Ela é formada com ligas de metal, plástico e outros materiais. “O que diferencia esta prótese de outras é o fato de ela ser ‘inteligente’ e ter um polegar móvel. A mão tem um software que faz o mesmo que uma pessoa comum, como ao pensar ‘feche sua mão’ – ela fecha automaticamente. Há sensores que enviam as mensagens dos músculos do cotovelo para a mão”, afirmou ao “Daily Mail” o diretor da clínica, Bob Watts.

Fonte: Bem Estar / Via  Daily Mail

Passo Firme – 24.01.2013

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Dicas para comprar um veículo especial adaptado

Pessoas com deficiência possuem benefícios na hora de comprar um carro adaptado. Porém, o caminho é burocrático e demorado

Não é tão difícil assim rodar pelas ruas dos grandes centros e encontrar nos vidros dos carros adesivos que indicam que o condutor possui algum tipo de deficiência física. Obviamente, para que essas pessoas com deficiência, conhecidas como PcD, possam ir e vir dirigindo seu veículo tranquilamente foi preciso realizar algum tipo de adaptação para suprir algumas necessidades básicas do motorista.

Embora essa prática esteja cada vez mais ativa – de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência (Abridef), só em 2011 foram mais de 32,5 mil carros comercializados para este fim –, ainda existem muitas pessoas que desconhecem o direito concedido pelo governo federal de isenção de impostos para cidadãos que possuem limitações físicas e queiram adquirir um veiculo zero km.

Dentre os direitos, o PcD não paga IPI (Imposto sobre produtos industrializados), está isento também do ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços), bem como do IPVA (Imposto sobre a propriedade de veículos automotores) e, para os residentes em São Paulo, também estão aptos a rodarem nos dias de rodízio sem a preocupação de serem advertidos com multas. Ou seja, juntando tudo isso, o desconto na compra de um zero km para PPD pode chegar a 30%.

Foi desta forma que a paulistana Elza Donaile Pucci, vítima de uma mastectomia, em virtude de um câncer de mama, adquiriu um veículo com a isenção das taxas. “Tempos depois de ter retirado uma das mamas soube do desconto na compra de veículo zero km. Corri atrás de uma auto escola credenciada para adquirir a CNH especial, e em seguida apresentei os laudos médicos”, disse Elza. Logo após esse processo, a paulistana procurou uma consultoria especializada neste assunto.

“Fui orientada a procurar uma empresa que trabalha exclusivamente nestes casos. Com os laudos dos médicos em mãos, só me preocupei em escolher o carro. Hoje já estou adquirindo meu terceiro carro nesta condição”. Elza ainda enfatiza que o desconto concedido é relevante, mas, contudo, a burocracia faz as pessoas desistirem. “Todo o processo dura quase um ano, mas vale à pena, embora conheça pessoas que tenham desistido”, completa.

ETAPAS – O primeiro passo é procurar uma auto escola credenciada que atenda esse tipo cliente, pois ela é obrigada a ter em sua frota veículos adaptados para quaisquer necessidade física do condutor. A seguir, com os laudos do médico constatando o grau de deficiência, a pessoa precisa ser encaminhada a um médico perito do órgão regular de trânsito local, pois é ele quem irá indicar quais as adaptações que o veículo precisará ter para cada indivíduo. Só após um longo período, com todos os papeis em mãos, a pessoas com deficiência poderá ir até uma revenda e escolher um carro que, segundo a norma, deverá ser nacional ou nacionalizado com o valor igual ou inferior a R$ 70 mil.

Névia Bernardes da Gama, dona da Névia Isenções, diz que é um processo burocrático, pois além dos gastos o cliente precisa cumprir os prazos legais, caso contrário será obrigado a realizar tudo outra vez. “Após cumprir todas as etapas, a pessoa receberá uma carta com prazo de 180 dias para que ele possa escolher e comprar o carro, inclusive, esse prazo também continuará a ser contado até que o veículo seja faturado, caso contrário a pessoa terá que fazer todo o processo novamente”, destaca a empresária.

FIQUE POR DENTRO – Algumas concessionárias já trabalham com atendimento especializado para pessoas com deficiência, como é o caso da Honda, Fiat, Peugeot, Toyota, Nissan, entre outras. “A Honda possui um serviço nomeado de “conduz” que da todo o suporte a estes clientes”, afirma Robson Aparecido Jerônimo, gerente de vendas da Honda. Para se ter uma ideia da diferença que e paga por um veículo com e sem o desconto. Um Honda Civic LXS, cujo valor está fixado, segundo tabela da concessionária, em R$ 66.500, com a isenção das taxas essa valor cai para R$ 53.300. Já um Fiat Palio Essence 1.6 dualogic que tem preço fixo de R$ 38.940, pode chegar à R$ 30.038, somados a todos os descontos.

Fonte: Carsale

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Passo Firme – 28.09.2012
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Pessoas com deficiência na Bahia têm passe livre em transporte intermunicipal

O direito à gratuidade nos transportes rodoviário, ferroviário, metroviário e aquaviário intermunicipal à pessoa com deficiência está garantido. O Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) publicou nesta terça-feira (28) o decreto nº 14.108, de 27 de agosto de 2012, que assegura gratuidade às pessoas com deficiência nos transportes coletivos intermunicipais do estado.

Para ter direito ao benefício, o requerente, assim como seu acompanhante, deve ter renda familiar per capita igual ou inferior a um salário mínimo. A gratuidade se estende aos acompanhantes das pessoas com deficiência, desde que a necessidade de acompanhamento seja atestada por laudo emitido, preferencialmente, por médico do Sistema Único de Saúde (SUS).

O requerimento do benefício deverá ser feito a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), através da Superintendência dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Sudef. Na página eletrônica da SJCDH (http://www.sjcdh.ba.gov.br/), no link do Passe Livre Intermunicipal, estão disponíveis as cópias da Lei nº 12.575 e do Decreto que regulamenta o benefício, além dos formulários necessários para concessão do Passe Livre Intermunicipal.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA:

– 02 (duas) fotos 3×4 atual e coloridas;
– formulário próprio a ser fornecido pela SJCDH preenchido pelo requerente, seu procurador, tutor ou curador;
– cópia autenticada de um documento de identificação, que pode ser certidão de nascimento, carteira de identidade ou carteira de trabalho e previdência social;
– número do Cadastro de Pessoa Física (CPF);
– atestado elaborado, preferencialmente, por médico do Sistema Único de Saúde (SUS), da Regional Bahia, comprovando a deficiência do interessado, evidenciando a necessidade de acompanhante durante as viagens;
– comprovante atualizado de residência;
– declaração do interessado de que possui renda per capita igual ou inferior a 01 (um) salário mínimo nacional, validada por um assistente social do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou, na ausência deste, pela Secretária da Assistência Social.
– cópia do cartão BPC (Benefício de Prestação Continuada) e o último comprovante bancário de recebimento.

Com informações: SJCDH e Tribuna da Bahia

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Passo Firme – 29.08.2012
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Vídeo: projeto obriga montadoras a oferecer veículos já adaptados a pessoas com deficiência

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Uma verdadeira saga: a longa espera pela análise de perícias e de laudos técnicos e meses para que o automóvel adaptado fique pronto. É o que enfrenta um comprador de carro quando tem alguma deficiência. Um projeto em análise na Câmara quer que o consumidor já encontre veículos adaptados prontos para serem vendidos nas concessionárias, o que pode facilitar a vida de milhões de brasileiros.

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência (Abridef), este é um mercado em crescimento. Só no ano passado foram vendidos 32.500 carros para esse público no país.

Assista aqui a videorreportagem.

Fonte: TV Câmara

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Passo Firme – 14.08.2012
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“Vou treinar duro e voltar melhor”, diz Pistorius

O velocista sul-africano Oscar Pistorius, primeiro atleta biamputado a competir na Olimpíada e na Paraolimpíada no atletismo, entrou para a história do esporte ao conquistar uma vaga na semifinal dos 400 m rasos, em Londres, mas não conseguiu se classificar, neste domingo, para a final. O corredor completou o percurso em 46s54 – marca bem inferior ao seu melhor tempo (45s07) -, e terminou a prova em 23º lugar (entre 24 corredores), mas está decidido a continuar e garante: voltará melhor nos próximos Jogos Olímpicos.

“Eu queria ter arrancado um pouco mais rápido. Mas mesmo se tivesse sido mais rápido, seria muito difícil chegar à final. Os atletas que competiram hoje eram absolutamente fenomenais. Mas só de poder estar no topo, podendo correr entre os 24 melhores atletas olímpicos, é uma benção pra mim. E eu voltarei mais forte, eu treinarei mais duro. Eu ainda tenho muito trabalho pela frente, ainda tenho a Paraolimpíada, que vai ser inacreditável, e estou muito empolgado por isso”, disse o “Blade Runner”, ao deixar a pista do Olympic Stadium.

No sábado (4), na fase eliminatória, Pistorius terminou em 2º lugar de sua bateria, e em 16º no geral, ao completar o percurso em 45s44, sendo aplaudido de pé pelo público que lotava o estádio, emocionando-se. Hoje, o atleta foi o último do grupo a passar pela linha de chegada, mas mesmo assim ele foi aplaudido pelos demais competidores e ovacionado pela multidão que o assistia.

Primeiro colocado na mesma bateria em que Pistorius correu, e classificado na 2ª colocação geral, o velocista James Kirani, da Grenada, aplaudiu Pistorius e pediu para trocar com o corredor o papel de identificação que leva o nome dos atletas nas camisetas.

“Foi uma honra poder competir com ele, e poder apoiá-lo. É um exemplo de vida, uma pessoa que tem que lidar com muitas críticas, mas tenho certeza que essa só foi a primeira Olimpíada. Ele é um cara que tem muita fé, uma grande pessoa, foi uma honra”, disse o Kirani, que terminou os 400 m rasos em 44s59.

Apesar de estar fora da final, Pistorius voltará a correr em Londres, onde tentará a classificação no revezamento 4X400 m, com a seleção da África do Sul, na próxima quinta-feira (9). Além disso, ele espera competir “no auge da forma” na Olimpíada do Rio de Janeiro, onde espera chegar à final.

“Eu acho que a seleção da África do Sul tem sim uma chance. Nós nunca fomos considerados os favoritos, mas nós mostramos, no campeonato mundial do ano passado, que conseguimos correr bem. Então se conseguirmos chegar à final, qualquer coisa é possível”, disse o velocista – a equipe sul-africana ficou em 2º lugar no Campeonato Mundial de Daegu, na Coreia.

Aos 25 anos, o “Blade Runner” soma quatro medalhas de ouro em Paraolimpíadas, sendo uma em Atenas 2004 e duas em Pequim 2008. Pistorius conseguiu em 2008 índice suficiente para correr nos Jogos Olímpicos, mas não pôde competir após a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, da sigla em inglês) questionar se as próteses de carbono que usa abaixo dos joelhos poderiam favorecê-lo. Ele, porém, venceu a briga judicial e, no ano passado, novamente conquistou índice para a classificação olímpica.

“Foi a experiência mais inacreditável da minha vida. Eu sou muito abençoado. Eu vejo a história acontecer todos os dias”, afirmou o atleta, que acabara de assistir à vitória e novo recorde do jamaicano Usain Bolt, nos 100 m rasos. “Parabéns ao Usain, ele fez uma corrida fenomenal. Isso só mostra que ele ainda é o número 1”, completou.

Fonte: Terra

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Passo Firme – 07.08.2012
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Quem segura esse cara?

Pela primeira vez, velocista amputado de duas pernas disputa uma olimpíada com atletas aptos com auxílios de próteses. Será esse o futuro do esporte?

A largada das provas eliminatórias dos 400 metros (uma volta inteira na pista) tem tudo para ser um daqueles momentos mágicos, inesquecíveis, que só uma Olimpíada é capaz de produzir. Quem fará o tempo congelar nas arquibancadas do Estádio Olímpico será o sul-africano Oscar Pistorius (foto), de 25 anos, o primeiro biamputado convocado para uma competição olímpica em 116 anos de história dos Jogos.

Sem a metade das duas pernas desde os 11 meses, devido a uma má-formação óssea, Pistorius correrá ao lado de atletas fisicamente aptos, com ajuda das próteses Cheetah, feitas de fibra de carbono, que usa desde 2004. Ele também vai participar do revezamento 4×400 metros.

A incluisão de Pistotius no time sul-africano deve-se aos resultados alcançados por ele recentemente. No ano passado, durante a prova classificatória para o campeonato mundial, disputada por não deficientes, Pistorius correu 400 metros em 45,07 segundos – 1,58 segundo atrás do recorde olímpico da categoria. É uma distância imensa, e dificilmente ele alcançará a final. Veja no infográfico (imagem) acima quem leva vantagem nesta batalha homem x máquina.

A convocação de Pistorius é controversa. Em janeiro de 2008, a Federação de Atletismo negou sua participação nas provas de Pequim por considerar suas próteses uma vantagem. Elas ajudariam a manter a velocidade e fariam o atleta gastar 25% menos energia do que os outros corredores. Munido de estudos clínicos que concluíram o contrário (veja o infográfico abaixo) – ele estaria em desvantagem –, Pistorius recorreu da decisão, revogada posteriormente.

A despeito das divergências, a importância da participação de Oscar Pistorius nos Jogos Olímpicos de Londres é inquestionável. Competir com atletas totalmente capacitados torna Pistorius um símbolo da superação de deficiências. Também faz dele o pioneiro do que pode ser uma nova era olímpica, na qual o aperfeiçoamento atlético incluirá o uso de próteses e outros aparatos tecnológicos.

Fonte: Veja Especial Olimpíadas

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Passo Firme – 31.07.2012
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Chip poderá fazer pessoas com deficiência voltarem a andar

O estudo, denominado Interface Neural Implantável, foi aprovado pelo programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal, e tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)

Em Avatar, filme dirigido por James Cameron, o ex-fuzileiro Jake Sully (foto), interpretado por Sam Worthington, é paraplégico. Mas, quando decide participar do Programa Avatar, suas conexões neurais o conectam a um avatar e então o ex-fuzileiro consegue andar. No filme, isso só ocorre quando o cérebro de Sully consegue controlar, de forma virtual, o seu avatar no belo mundo de Pandora.

No mundo real, apesar de muitos estudos científicos sobre o tema, ainda não é possível fazer uma pessoa com as limitações de Jake Sully voltar a andar. Mas cientistas brasileiros estimam que isso pode começar a ocorrer em 2030. A ideia de pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), campus de São Carlos, é que um chip seja implantado na parte mais externa do córtex cerebral. Quando for ativado, esse dispositivo poderá comandar os movimentos de uma pessoa com deficiência física por meio de um exoesqueleto (espécie de esqueleto artificial feito de metais resistentes).

“À medida que um campo magnético mantido fora da cabeça se aproximasse desse chip, ele iria se energizar e passaria a ler e enviar os comandos do cérebro para fora, utilizando essa mesma energia”, explicou em entrevista à Agência Brasil Mario Alexandre Gazziro, professor do Departamento de Ciência da Computação da USP.

O mecanismo está em estudo por um grupo de pesquisadores de São Carlos, do qual participa Gazziro. A pesquisa está sendo desenvolvida em parceria com a Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos, com a participação do professor Stephen Saddow. “Certamente essa é a solução mais promissora para fazer com que, por meio de esqueletos mecânicos ou robotizados, paraplégicos e pessoas com outras deficiências voltem a andar de novo”, disse o professor da USP.

Atualmente, segundo ele, o que existe em termos de experimento nesse sentido é a instalação de eletrodos no cérebro. “O que se faz é colocar o eletrodo dentro do cérebro, diretamente, nos experimentos. Não está disponível comercialmente nem [foi] aprovado pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]”, lembrou Gazziro.

O SISTEMA – O novo chip, no entanto, funcionaria de forma semelhante ao sistema implantado no personagem Neo (foto), do filme Matrix, mas sem o uso de um fio. “Imagine que aquela conexão na cabeça que é feita neles [personagens do filme] seria feita só de se chegar próximo [à cabeça]. Esta é a nossa proposta: uma interface em que colocamos um chip dentro do cérebro e ‘conversamos’ com o chip só de chegarmos próximo [a ele]”, disse.

Além do chip sem fio, uma condição para que um paraplégico volte a andar, nessa situação, será o desenvolvimento de exoesqueletos. “Precisará ter um exoesqueleto, um esqueleto [robótico] para movimentar perna e braço. Esse exoesqueleto teria uma antena, escondida embaixo do cabelo. O chip seria colocado em uma região específica do córtex. E a pessoa aprenderia a usar aquele membro eletrônico. Seria como aprender a andar de novo”, explicou o professor. Segundo Gazziro, a tecnologia de criação do exoesqueleto está bem encaminhada.

A pesquisa, que será desenvolvida no instituto durante três anos, pretende focar no desenvolvimento de chipssem fio e de baixo consumo. Eles serão feitos com material biocompatível, como o carbeto de silício, que, segundo a equipe de pesquisa coordenada por Saddow, tem a propriedade necessária para desenvolver uma interface cerebral.

“É um chip especificamente desenhado para ser interligado ao córtex motor. O que fazemos aqui é uma complementação do estudo do professor Miguel Nicolelis [que pretende construir um exoesqueleto robótico, comandado diretamente pelo cérebro, para que pessoas com paralisia voltem a andar], que tem conhecimento das pesquisas feitas em São Carlos. O que fazemos é propor uma solução para tirar o fio que atualmente seria usado em uma interface cerebral”, disse o professor.

METODOLOGIA – O estudo está dividido em duas partes. A primeira aborda a questão da biocompatibilidade, que já foi resolvida pela universidade norte-americana. A outra, considerada um gargalo no mundo científico, trata da redução do consumo de energia pelo chip, o que ficará a cargo dos pesquisadores da USP. “Em parceria com o pessoal do sul da Flórida, estamos desenvolvendo novas técnicas para baixar o consumo do chip de forma que, nos próximos quatro ou cinco anos, consigamos ter um com pouca energia conseguindo funcionar dentro do cérebro”, disse o professor.

Depois de desenvolvido, o chip de baixo consumo será testado em ratos. “Nossa estimativa é que isso [implantar o chip em ser humano com sucesso] possa vir a se tornar corriqueiro no dia a dia em torno de 2030. O processo de validação para humanos leva mais de dez anos. Estamos com o plano de terminar nossos chipsentre 2018 e 2020. A partir daí, serão mais dez anos de estudos clínicos para poder validar para uso comercial”, explicou.

O estudo, denominado Interface Neural Implantável, foi aprovado pelo programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal, e tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). “Atualmente temos R$ 250 mil, que acabaram de ser aprovados. E estamos pleiteando mais R$ 2 milhões nos próximos anos. Mas, como vamos usar a fábrica de chip experimental da Flórida, esses R$ 250 mil já vão ser suficientes para fazer os primeiros. Não estamos com carência de recursos. Para cumprir essa meta para os primeiros chips, esse orçamento já cobre. Mas estamos pedindo mais orçamento para aprimorar e construir processos de fabricação industrial aqui”, disse Gazziro.

Além de possibilitar que, no futuro, pessoas com deficiência possam voltar a andar, o projeto pretende impulsionar a pesquisa e a indústria nacional. “Se esse projeto for bem administrado, mantendo a propriedade intelectual e fazendo a transferência para a indústria, ajudará não só as pessoas, mas a indústria médica no país. O interessante seria dar incentivo para que empresas nacionais, via incubadoras, fabricassem esses sistemas, podendo gerar renda [para o país]”, destacou o professor.

Fonte: Agência Brasil

Passo Firme – 16.07.2012
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Quase 24% dos brasileiros são deficientes

Por Lei dos Homens – Alzimar Ramalho

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República divulgou os resultados preliminares do censo demográfico de 2010 e o primeiro relatório de monitoramento da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da qual o Brasil é signatário. Homologada pela Assembleia das Nações Unidas em 2006, e em vigor desde maio de 2008, o propósito é promover, proteger e assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua dignidade inerente.

No Censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, aproximadamente 25 milhões de brasileiros declararam possuir alguma deficiência, o que significou um salto de 1,41% (em 1991) para 14,5% da população, de acordo com Ana Paula Crosara de Resende e Flavia Maria de Paiva Vital, na introdução do livro “A convenção sobre os Direitos das pessoas com Deficiência Comentada”.

A principal razão, segundo as pesquisadoras, para o grande aumento no número de pessoas com deficiência foi a alteração dos instrumentos de coleta de informações, incluindo o modelo social. Elas alertam ainda que, por outro lado, a população com deficiência no Brasil tem crescido em decorrência do aumento na expectativa de vida da população e da violência urbana (assaltos, violência no trânsito, entre outros motivos), alterando paulatinamente o perfil desta população que, anteriormente, era o de deficiências geradas por doenças.

QUASE 24% EM 2010 – Conforme divulgou a SEDH, dados preliminares do censo de 2010 elevam essa parcela da população para 45.623.910 (23,92% do total da população com pelo menos uma das deficiências – visual, auditiva, motora, mental ou intelectual). Dessas, por exemplo, 528.624 declararam-se cegas e 6.056.684 pessoas disseram enxergar com muita dificuldade. A região sudeste reúne o maior índice de pessoas com deficiência (9,7%), seguida do Nordeste (7,4%), Sul (3,2%, Norte (1,9%) e Centro-Oeste (1,7%).

RELATÓRIO – No relatório enviado, o Brasil apresentou as ações do governo realizadas no biênio 2008-2010. Na primeira parte, designada como relatório geral, encontram-se informações básicas sobre o país e o marco geral de proteção e promoção dos direitos humanos, com uma explanação mais detalhada dos Instrumentos Jurídicos Utilizados na Garantia e Defesa dos Direitos Previstos na Convenção, do Programa Nacional de Direitos Humanos III (PNDH-3), do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do Sistema Único de Saúde, do Sistema Único de Assistência Social e do Plano Brasil 2022.

O Plano Brasil fixa as metas a serem implementadas até o ano em que o Brasil comemora o bicentenário de sua independência. A segunda parte contém informações específicas sobre a aplicação, na lei e na prática, dos artigos 1º a 33 da Convenção. O relatório foi submetido à consulta pública, a fim de que a sociedade civil pudesse contribuir para o processo de elaboração do documento, tendo sido disponibilizado no portal do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, de abril a maio de 2011.

Fonte: Site Lei dos Homens, com informações da SEDH

Passo Firme – 22.06.2012
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